A Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo aprovou, em seis meses deste ano, um total de 10 projectos, avaliados em 77,4 milhões de dólares, segundo o presidente do Conselho de Administração, António Henriques da Silva.
Com estes projectos, é expectativa dos gestores da ZEE que se criem, efectivamente, 1 080 postos de trabalho, quando os projectos aprovados estiverem em pleno funcionamento.
António Henriques da Silva disse, citado pela Angop, que o investimento será investido em projectos dos sectores alimentar (3), energia (2), habitação, siderurgia, cerâmica, farmacêutica e centro de inspecção de veículos automóveis, todos com um projecto cada.
Ao intervir no acto da apresentação pública dos membros da direcção da Associação Angolana dos Jovens Produtores, que teve lugar sexta-feira última, na ZEE, o gestor referiu ainda que dos dez projectos aprovados cinco são de origem angolana, dois do Rwanda, enquanto a Índia, Eritreia e Alemanha contam com um projecto cada.
Quanto ao fomento da empregabilidade, o PCA lembrou que, em Abril deste ano, foi lançada a plataforma “Bolsa de Oportunidades”, com o objectivo de aproximar os empregadores aos candidatos às vagas de emprego na ZEE, com maior realce ao primeiro emprego para os jovens.
Apesar do investimento obtido nos primeiros seis meses de 2021, a fonte sublinhou que a ZEE ainda precisa de cerca de 60 milhões de dólares, para áreas de expansão e aumento da produtividade. Neste momento, precisou, têm um registo de mais seis mil empregos criados em dois anos.
“De Agosto de 2018 a Dezembro de 2020, a Zona Económica Especial contabilizou mais de seis mil postos de trabalho, fruto do pleno funcionamento de 10 projectos empresariais, numa lista de 40 aprovados neste período. Dos 40 projectos aprovados, em dois anos, 10 estão em pleno funcionamento, 10 em fase de montagem de equipamentos e os restantes em construção”, afirmou. Quanto ao resultado líquido do exercício económico de 2020, a ZEE registou um saldo de 94,1 milhões de kwanzas, o que representa uma redução de 82 por cento, em relação a 2019.
Apesar desse cenário de reversão nas receitas líquidas, assegurou o gestor, a autonomia financeira da ZEE mantém-se, o que reflecte a rentabilidade das operações. Este facto permitiu fazer-se a entrega de dividendos ao cofre do Estado, pela segunda vez.
Criada em 2009, a ZEE tem a missão de contribuir para o alargamento da base produtiva nacional, elevando os níveis competitivos do país, em relação à Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em particular, e do continente africano, em geral. O parque industrial angolano, localizado no município de Viana, em Luanda, tem disponível infra-estruturas e oferece oportunidades para a instalação de unidades produtivas, visando criar empregos e melhorar as condições de vida dos cidadãos.
Fonte:JA