Western Union retoma o serviço de remessas

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A Western Union retomou, ontem, o serviço de remessas internacionais para particulares, com envios de até ao equivalente a dois mil dólares por mês, no que a companhia disse estar amparado pelas reformas cambiais aplicadas pelo BNA e uma maior disponibilidade de divisas beneficiada pelo aumento das receitas petrolíferas.

A informação foi avançada à imprensa, ontem, pelo presidente para a Europa, Médio Oriente e África e o vice-presidente para a África da Western Union, respectivamente, Jean Claude Farah e Mohamed Quazzanni, que anunciaram, para hoje, uma reunião com a liderança do Banco Nacional de Angola (BNA) a fim de acertar a optimização do serviço interrompido em 2014 por dificuldades cambiais.

Na ocasião, os responsáveis revelaram que, no encontro com o BNA vão solicitar que o banco central avalie a possibilidade de, no curto ou médio prazo, o limite autorizado para o envio e recepção de di-nheiro vir a subir para até cinco mil dólares, valor com que a empresa operava até antes da suspensão.  

Naquele ano, recordou Jean Claude Farah, uma queda do barril dos preços do petróleo impôs restrições no acesso às divisas assim como outras dificuldades de “compliance” travaram os correspondentes bancários, que forneciam divisas ao país, resultando na interrupção do serviço.

Apesar de as remessas terem sido suspensas nessa altura, acrescentou, a empresa nunca saiu do país, embora tenha deixado de enviar dinheiro de particulares que não tivessem  divisas, apoiando as empresas ou outros clientes com disponibilidade própria.

Na retoma do serviço, a Western Union estabelece operações com os bancos Millennium Atlântico (BMA), Comércio e Indústria (BCI) e a operadora cambial UniTransfer, com o Banco de Fomento Angola (BFA) a juntar-se a estes “nos próximos dias”.

Relativamente aos parceiros locais, disse que espera-se poder contar, em breve, com todos os bancos comerciais, assim como as casas de câmbio.

Jean Claude Farah disse que a Western Union envia dinheiro para toda a parte do mundo, excepto ao Irão e Coreia do Norte, estando, deste modo, disponível para atender os milhares de angolanos residentes no exterior e outros milhares de estrangeiros que vivem e trabalham em Angola.

Mohamed Ouazzanni reafirmou ser estratégia para Angola e para África, uma abordagem especificamente desenhada de ajustamento à tendências mundiais, prestando muita atenção às ne-cessidades dos clientes e com foco na forma como podem dar apoio mais amplo às comunidades.

“Queremos que todos possam beneficiar do dinheiro em tempo útil”, disse Mohamed Ouazzinni, acrescentando que, hoje, além de receber dinheiro, os clientes em Angola podem fazer remessas sem dificuldades, através de pontos comerciais em mais de 200 países e territórios e, directamente, para contas bancárias em mais de 130 países em todo o mundo. 

 Simplificação cambial

Em Março do ano passado, o BNA publicou medidas de simplificação cambial para tornar o ambiente de negócios mais favorável, alargando o volume das transferências por beneficiário de 120 para 250 mil dólares por ano.

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