As 1.339 pessoas que abandonaram as áreas de residência, devido à seca, e se instalaram na povoação do Calueque, município de Ombadja, província do Cunene, começaram, ontem, a receber apoio para o seu reassentamento na localidade de Mambonde, comuna de Chitado, município do Curoca.
As famílias deslocadas dos municípios do Curoca, Cahama (Cunene), Chibia e Gambos (Huíla) estão a receber material de construção, para erguerem as suas casas, num espaço já loteado, nas margens do rio Cunene.
Segundo a governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa, o apoio visa garantir melhor acomodação às famílias deslocadas por causa da seca, que se encontram a viver ao ar livre, sem as mínimas condições.
Gerdina Didalelwa pediu urgência na execução dos trabalhos de limpeza e loteamento do terreno, por causa do elevado número de crianças, que devem ser protegidas num ambiente favorável, para não contraírem doenças, sobretudo, nesta fase de chuvas.
A governadora do Cunene aconselha as famílias deslocadas no sentido de se engajarem e aproveitarem os solos aráveis e recursos hídricos disponíveis no local de reassentamento, para produzirem alimentos e não dependerem apenas da ajuda do Executivo e de organizações filantrópicas.
Além de material de construção, estão a ser entregues bens alimentares, como arroz, milho, feijão, fuba, açúcar, óleo, massa, bem como utensílios domésticos (bacias, baldes, canecas e panelas), roupa, cobertores, sabão e tendas.
De referir que a seca que assola a região Sul do país tem estado a motivar a deslocação de milhares de pessoas para as sedes dos municípios da Cahama, Ombadja, Namacunde, Cuvelai e outras localidades, à procura de melhores condições.
Fonte:JA