Valentim e Heitor regressam a casa – UNITA

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Vamos recordar os pronunciamentos do economista e político Fernando Heitor aquando o anúncio do seu abandono da UNITA.

“Já não me revejo na actual direcção da UNITA nem nas suas práticas quotidianas e muito menos no programa de governação que estão a propor ao país nestas eleições”, disse e assegurou que a UNITA é um partido desencontrado do ponto de vista político e ideológico e sem uma estratégia de Estado lúcida e realista que se adeque ao presente e virado para um futuro de progresso, estabilidade e seguro social. Os bons filhos a casa a voltam.

Os militantes, apoiantes e alguns responsáveis deste partido, afirmam que “basta de hipocrisia e basta de falta de coragem. Fernando Heitor é um traidor”, dizem.

Outros ainda disseram ao nosso jornal que “é esta hipocrisia e falta de coragem que têm feito crescer um conjunto de políticos aproveitadores no galinheiro”, alertando a actual direcção liderada por Adalberto Costa Júnior de que, “a melhor forma de estancar o seu crescimento é termos a coragem de mudar o que tem de ser mudado”.

Jorge Valentim expulso da UNITA também está de malas feitas pronto a regresso  

A Comissão Política da UNITA decidiu hoje, por maioria, expulsar do partido o ex-ministro angolano do Turismo, Jorge Valentim, e suspender de toda a actividade partidária por um ano o ex-líder da denominada UNITA/Renovada, Eugénio Manuvakola.

A decisão, que também envolve a expulsão do partido de quatro outros deputados da UNITA, foi tomada pela maioria dos 250 membros da Comissão Política, numa votação por voto secreto das propostas apresentadas pelo Conselho Nacional de Jurisdição.

Na origem dos processos disciplinares estão as posições assumidas pelos deputados na Assembleia Nacional, contrárias às orientações definidas pela direcção da UNITA.

“Ficou provada uma clara objecção aos objectivos do partido”, frisou uma fonte da direcção da UNITA em declarações à Lusa no final da reunião da Comissão Política, salientando que o partido “não podia continuar a funcionar com esta indisciplina no seu seio”.

Segundo a fonte, na sequência da decisão hoje tomada pela Comissão Política, a direcção da UNITA deverá solicitar em breve à Assembleia Nacional a possibilidade de indicar outros nomes para ocuparem os lugares dos deputados que agora foram expulsos do partido.

“Eles deixaram de representar a UNITA”

O antigo, ex-militante e ministro do Turismo, Jorge Valentim, protagonizou há cerca de 15 anos criou um braço-de-ferro com a direcção da UNITA, acabando por conseguir ocupar o seu lugar de deputado contra as indicações da liderança do partido.

Na altura, apesar dos órgãos jurisdicionais terem proposto a sua expulsão, Valentim foi perdoado por Isaías Samakuva, que não voltou agora a repetir o gesto.

Por seu lado, Eugénio Manuvakola, que liderava a denominada UNITA-Renovada durante os últimos anos do conflito armado, destacou-se na altura no parlamento quando fez uma intervenção muito crítica para a direcção do partido, apoiando a posição dos 16 deputados que se recusaram a abandonar os seus lugares na Assembleia Nacional.

A direcção da UNITA, liderada por Isaías Samakuva, pretendia mudar 16 deputados da sua bancada, mas a intenção acabou por ser adiada depois de duas sessões plenárias muito polémicas na legislatura de 1992 a 2008.

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