Militantes da FNLA no Moxico enaltecem a ideia da unificação dos membros do partido, salientando que com a iniciativa, esta organização política histórica estará mais forte e firme para ultrapassar os problemas internos, que levaram a organização a repartir-se em duas alas.
O desejo foi manifestado durante a conferência provincial do partido, realizada terça-feira, na cidade do Luena, para eleger os delegados ao quinto congresso ordinário do partido, que terá lugar em Luanda, de 16 a 18 deste mês.
O membro do grupo de acompanhamento da FNLA à província do Moxico, Massamba Monteiro, disse que o quinto congresso ordinário, para além de eleger o novo presidente, vai pôr fim a todas as desavenças políticas que têm causado o enfraquecimento do partido em todas as vertentes.
“O partido está apostado em retomar o seu lugar na arena política como nos tempos anteriores,” referiu Massamba Monteiro, que se mostrou optimista em ver, nos próximos meses, uma FNLA “forte, coesa, unida e capaz de enfrentar com sabedoria todos os desafios políticos”.O primeiro secretário da FNLA no Moxico, Martins Dias, assegurou que apesar dos conflitos internos que culminaram com a divisão do partido, a FNLA na região está preparada para os próximos desafios eleitorais que se avizinham.
Eleitos delegados de Malanje
A FNLA em Malanje elegeu no último final de semana 15 delegados ao quinto congresso do partido. Os delegados foram eleitos durante a assembleia de balanço, que serviu para unir as duas alas, designadamente, de Ngola Kabangu e Lucas Ngonda (líder do partido), pondo fim ao conflito político de décadas no seio da organização.
Carlos Cassoma, secretário da FNLA em Malanje, disse que a eleição dos delegados foi com base na ordem de chegada dos delegados ao conclave, daí não haver razões de queixa dos ex-secretários municipais que não foram eleitos para a conferência. O político disse que o encontro vem relançar o progresso e desenvolvimento do partido a todos os níveis.
A FNLA, acrescentou, mais do que uma agremiação política é uma herança nacional e o reflexo das aspirações dos angolanos.Assim como ontem a FNLA levantou-se para a libertação do país do jugo colonial, hoje procura estender no projecto de criação de uma nova Angola.
Defendeu, por isso, maior aposta nos recursos humanos e a distribuição equitativa dos rendimentos produzidos no país. Segundo o responsável da FNLA, o congresso visa a união e coesão dos militantes e permitir eleger o novo presidente. “É um congresso que não vai excluir ninguém, mas congregar todos os militantes. O conclave vai ainda ajudar a recuperar a imagem do partido com base na união e coesão interna do partido”, realçou Carlos Cassoma. Sublinhou que a FNLA está mais forte e o objectivo é superar os resultados obtidos no pleito eleitoral de 2017.
José Rufino | Luena e Venâncio Victor| Malanje
Fonte:JA