O Director para segurança da Sonangol Hermenegildo Octavio Kulendo e o politico, Aniceto Cunha, estão sendo acusados de desviar 180 milhões, da petrolífera estatal Sonangol, destinado a corromper o ativista e Consultor “Sakatindi “, noticiou o Portal Repórter Angola que denunciou também ser vitima de um ataque cibernético por parte de uma empresa internacional sedeada em Londres contratada pela Sonangol
A Sonangol volta a estar mergulhada num escândalo de corrupção, desta vez, pagou 50 milhões de Kwanzas, dos 180 milhões saídos dos cofres, publico de todos angolanos, foram canalizados para corrupção e silenciar o Activista que gere as paginas das redes sociais “Sakatindi”, cujo nome verdadeiro é SABALO JOSE MOISES SALAZAR, os valores destinados para silenciar o pseudo-activista que tinha divulgado noticias comprometedoras sobre corrupção na Petrolifera estatal Sonangol.
Um intrincado e milionário esquema de suborno e desvio de fundos, que teria como objetivo suprimir informações confidenciais da Sonangol, ganha novos desdobramentos. O empresário Chimuco, proprietário do Banco YETU, onde as transações suspeitas foram realizadas, recusou-se a fornecer detalhes sobre o caso, intensificando as suspeitas.
No centro da investigação, a figura de Sebastião José Salazar, identificado como Sacatinde no áudio, que alegadamente tinha informações prejudiciais sobre o Banco Angolano de Investimentos (BAI) e a Sonangol. Os documentos mostram um pedido de transferência bancária feito pela empresa RAI&NOR – Investimento e Prestação de Serviços, Lda ao BAI, solicitando o pagamento de 45 milhões de kwanzas a Salazar.
A finalidade oficial da transferência é descrita como “consultoria em prevenção de fraude e branqueamento de capitais”, um detalhe que contrasta fortemente com o propósito real da operação, que era comprar o silêncio de Sacatinde.
O epicentro do escândalo é Sakatindi, um consultor que detinha dados sensíveis sobre a Sonangol. Segundo uma gravação interna, um intermediário, identificado como Mauro, negociou um pagamento de 80 milhões de kwanzas para que a informação não fosse divulgada. No entanto, o acordo teria sido alterado após a chegada de Sakatindi a Angola, quando ele se reuniu com um funcionário de segurança da Sonangol, supostamente o Diretor de Segurança Menegildo Otávio Lourenço.
A gravação indica que a oferta original foi inflacionada para 180 milhões de kwanzas. A traição veio a seguir: o responsável por liberar os fundos repassou apenas 45 milhões de kwanzas a Sakatindi, retendo o restante do valor.
As evidências documentais corroboram parte da história. Uma solicitação de transferência bancária, datada de 28 de agosto de 2025, mostra a empresa RAI&NOR – Investimento e Prestação de Serviços, Lda transferindo exatamente 45 milhões de kwanzas para uma conta em nome de Sebastião José Salazar. A transação foi efetuada através do Banco YETU.
Ao ser contactado pela nossa redação, o empresário Chimuco, acionista majoritário do banco, recusou-se a fornecer qualquer pormenor sobre as transações. A sua recusa em comentar o caso levanta sérias questões sobre a transparência da instituição financeira e o conhecimento da administração do banco sobre a origem e o destino dos fundos.
A Ligação Interna e o Voo de Regresso
A investigação aprofundou-se e identificou a suposta fonte das informações vazadas como Adilson, um jovem descrito como próximo da direção de segurança da Sonangol. Essa revelação aponta para um vazamento de dentro da própria estrutura de segurança, tornando o esquema ainda mais alarmante.
Um bilhete de embarque da TAP Air Portugal mostra a viagem de SALAZAR SABALO de Lisboa para Luanda, na mesma data em que ele teria chegado para a reunião. Outra transação bancária no valor de 3.591.000,00 kwanzas de EDUARDO JOAO SOUSA SANTOS para a conta de SABALO JOSE MOISES SALAZAR provavelmente foi um pagamento inicial ou destinado a cobrir custos da viagem.
O caso ganha mais uma camada de complexidade com a prova de viagem. Um bilhete de embarque da TAP Air Portugal em nome de Salazar/Sabalo para um voo de Lisboa para Luanda, datado de 24 de agosto de 2025, sugere que o indivíduo retornou a Angola pouco antes da transferência do pagamento ser realizada.
A ausência de transparência e a discrepância entre a narrativa e os documentos levantam sérias questões sobre a integridade da gestão na Sonangol. O caso exige uma investigação transparente para esclarecer o destino final do dinheiro e responsabilizar todos os envolvidos.
Em conversa ao Repórter Angola, Salazar “Sakatindi”, confirmou a autenticidade dos documentos e o valor, mas nega o conteúdo da matéria relacionado a criticar ou conspirar o Presidente da Republica.
” É uma empresa que solicitou meus serviços, eles fizeram o pagamento, me desloquei à Luanda eles pagaram e executei o trabalho de consultoria que solicitaram*me, não tenho porquê esconder, não devo nada a ninguém, somos um laboratório de investigação, consultoria, já trabalhei com varias empresas, vários partidos politico, SINSE, SIC entre outras instituições, e não fugiu a regra com esta empresa que me solicitou os meus serviços, executei, assinamos os contratos e sai de Angola há sensivelmente 12 dias” disse.
Para Sakatindi “que tipo de PCA é esse que pagaria activistas para criticar e conspirar o Presidente da Republica? se este foi nomeado por Presidente da Republica, não colhe essa acusação, o certo é que solicitaram-me um serviço de consultoria e fiz a entrega dos meus trabalhos, prestei os serviços pelo qual me haviam sido solicitados e prontos, se acabamos, tenho tudo gravado em áudio e vídeos” concluiu.
O Portal Repórter Angola, tentou ouvir os acusados, mas sem sucesso, por varias vezes não atenderam as nossas chamadas, nem responderam aos emails com perguntas e pedido de esclarecimentos sobre o assunto.