A carência de água e de alimentos, a necessidade de abertura de vias intermunicipais e comunais, bem como de uma universidade na província do Cunene fizeram parte das inquietações que as autoridades tradicionais, religiosas e académicos apresentaram, ontem, em Ondjiva, ao Presidente da Republica.
Os membros da sociedade civil do Cunene foram recebidos, em audiências separadas, pelo Presidente João Lourenço, no quadro de uma visita de trabalho de dois dias a província.
O bispo da Diocese católica em Ondjiva, D. Pio Hipunhaty, disse ter abordado com o Titular do Poder Executivo os projectos estruturantes que estão em curso no Cunene que se acredita virem a acabar com o sofrimento da população, consubstanciadas nas dificuldades de água e alimentos.
“Estou feliz porque o Presidente deu uma grande notícia: a do alargamento do canal para a margem direita do rio Cunene que vai abranger os municípios do Curoca e Cahama que são os municípios mais afectados a nível da província”, disse.
O pastor da igreja pentecostal “Bom Deus”, Garcia Cafumana, disse ter tido a oportunidade de apresentar as dificuldades da província, como a falta de universidade, vias de comunicação e outros.
O Rei do Cuanhama, Gerónimo Haleigue, disse que a província está de parabéns por ter o privilégio de receber o Presidente da República. A mesma opinião tem o soba grande do Curoca, que espera que o projecto de construção de um canal de água seja materializado, para que não haja dependência total das chuvas.
O empresário Abílio Lubamba apresentou preocupações relativas à agricultura e espera que o Presidente João Lourenço cumpra com o que prometeu de colocar uma linha de crédito para todos os produtores do Cunene, no âmbito do combate à fome e à pobreza, bem como alargar a rede de energia eléctrica às fazendas da localidade da Canganda.
O reitor do Instituto Politécnico de Ondjiva, afecto à Universidade Mandume-ya-Ndemufaio, Paulino Soma, disse ter saído do encontro animado, porque o Presidente da República comprometeu-se a disponibilizar dois autocarros para os docentes, sobretudo os expatriados.João Lourenço também terá prometido “pensar seriamente” na possibilidade de construção de uma infra-estrutura condigna do ensino superior na província.
Fonte:JA