Uma cidadã angolana, de 40 anos, tida como uma das mais “poderosas traficantes” e responsável pela entrada ilegal de cocaína no país, proveniente do Brasil, foi detida juntamente com o marido, no passado dia 2 deste mês, no bairro Tala Hady, município do Cazenga, em Luanda, e apresentada, esta quarta-feira , pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), em Cacuaco.
Conhecida por Bibicha, a mulher é descrita pelo Serviço de Investigação Criminal como sendo a mandante de parte da cocaína proveniente da República Federativa do Brasil, que era retirada do interior das aeronaves, em Luanda, em conluio com funcionários da empresa Ghassist, também detidos no quadro de uma operação de combate ao narcotráfico, levado a cabo no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro.
Em declarações à imprensa, o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do SIC, Manuel Halaiwa, revelou que Bibicha coordenava uma rede de distribuição de substâncias narcóticas, com realce para a cocaína, com ajuda de um comparsa, por sinal seu marido.
Segundo o SIC, em posse da mulher e do marido, de nacionalidade nigeriana, de 42 anos, que utiliza indevidamente o nome angolano de “Gabriel” para a sua identificação, foi encontrado 74 gramas de cannabis sativa, vulgarmente conhecida por liamba.
A detenção do casal, segundo o SIC, ocorreu na sequência de investigações, no âmbito do processo-crime que culminou igualmente com a prisão de nove indivíduos, sendo oito funcionários da empresa Ghassist que, por meio de um esquema devidamente delineado, facilitavam a saída da droga das aeronaves provenientes de São Paulo/Brasil, para o exterior do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro.
Manuel Halaiwa, referiu que o referido casal tem sido citado, de forma recorrente, por vários indivíduos detidos por participação no narcotráfico, como aliciador e receptor da droga retirada do interior das aeronaves, assim como se constatou que Bibicha é tida como sendo a mulher angolana que mais droga introduziu nos territórios angolano e namibiano.
O porta-voz do SIC revelou, também, que aquela mulher possui um ficheiro de antecedentes criminais carregados, com destaque para a sua implicação em dois processos crimes em 2014 e 2015, por tráfico internacional de droga. Na altura, a suposta “Barona da droga” tinha sido detida pelo SIC, em Luanda, na posse de grandes quantidades de droga.
O casal foi já apresentado ao Ministério Público, que ratificou as detenções, enquanto prosseguem as diligências para achar outros indivíduos implicados.
Viaturas entregues aos proprietários
Seis viaturas, de diversas marcas, recuperadas pelo Serviço de Investigação Criminal, nos últimos dias, durante uma operação realizada em todo o território nacional, foram entregues, ontem, de forma simbólica, aos respectivos proprietários, em cerimónia realizada nas suas instalações, em Cacuaco, província de Luanda.
O director de Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa, Manuel Halaiwa, explicou que desde 2020 até à data, várias operações foram realizadas, no âmbito do combate ao furto e roubo de viaturas que culminaram com a recuperação de várias, algumas delas roubadas em 2014.
Um das viaturas recuperadas, pertencente a um cidadão chinês, foi roubada na província de Cabinda, no dia 10 de Janeiro do ano em curso, cujos autores pretendiam comercializá-la em Luanda. Em 2018, uma angolana, de 32 anos, que não quis identificar-se, ficou sem a sua viatura na sequência de um assalto à mão armada, depois de ter sido perseguida por um grupo de malfeitores, quando se dirigia para casa na Camama.
“Bateram no meu carro e quando parei, um deles introduziu-se no interior e ordenou-me para deixar o telefone e passar para o banco de trás. Eu consegui sair do carro e pus-me a correr”, contou com lágrimas nos olhos, referindo que após à participação à Polícia Nacional ” pensei que nunca mais iria ver a minha viatura”.
Fonte:JA