Os produtos e serviços da cadeia do agro negócio são os maiores beneficiários das operações de micro-crédito disponibilizados no âmbito do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), com 812 milhões de kwanzas.
Na iniciativa do PREI, beneficiaram de financiamento de microcrédito cinco sectores produtivos, designadamente, as áreas de processamento alimentar, logística e distribuição de produtos agro-alimentar e de pescas, produção cultural e artística, reciclagem de resíduos sólidos urbanos e produtos e serviços da cadeia do agro negócio.
Os dados avançados on-tem, no habitual “briefing” bissemanal do MEP, demonstram que, esta semana, mais nove operações foram aprovadas em comparação com a anterior. O processamento alimentar, com 206 milhões de kwanzas, seguiu-se en-tre os mais beneficiados de financiamento.
Já o de reciclagem e resíduo sólidos, com 144 milhões, foi o terceiro ramo mais apoiado. A meta do microcrédito, conforme o programa do MEP é de quatro mil milhões de kwanzas disponibilizados para o micro negócio e para o ano de 2021, o limite é de 2,8 mil milhões de kwanzas. Com relação aos pedidos de micro-crédito, no global foram registados mais 60 novos financiamentos. Houve a aprovação de outros 52 projectos, o que totaliza, desde o início deste ano, 242 projectos de micro-crédito já aprovados.
Para o secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João, o montante solicitado só na semana transacta, foi de 67 milhões de kwanzas e os 52 projectos aprovados estão avaliados em 20 milhões. A concentração dos projectos aprovados continua a estar no centro do país, dos quais, 22 na província de Benguela, 19 na Huíla, nove no Huambo e dois em Luanda.
“Neste processo é de ressaltar que seis provinciais continuam a não beneficiar do financiamento de micro-crédito, significando um desafio para o sector. Para se reverter o quadro, o ministério está em negociação com as instituições financeiras para a resolução do problema”, garantiu, o governante.
Dinamização do sector
Para a dinamização ao Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) e criar melhor ambiente de negócio, está em curso a primeira fase do projecto de massificação do registo para a emissão do Bilhete de Identidade, para se dar continuidade ao processo de criação e operacionalização da base de dados do sector informal.
Quanto à operacionalização do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), até a primeira semana de Fevereiro deste ano, o sector formalizou um total de 525 micro empresas. Até ao final de 2021, está previsto um total de 750 micro empresas formalizadas.
Mário Caetano João reconheceu que para a concretização do previsto, conta-se com o apoio de sete sociedades de micro-crédito e uma cooperativa, principais mentores da medida e que têm feito fluir o financiamento destinado aos micro-empreendedores.
“Para o arranque vamos capacitar os centros de atendimento, como o Instituto Nacional de Apoio a Pequenas Empresas (INAPEM), balcão do cidadão e as direcções provinciais”, sublinhou Mário Caetano João, tendo acrescentado que, para o início da campanha de formalização são necessárias implementar estas cinco etapas que vão trazer serviços adequados para o micronegócio.
Fonte:JA