O Secretário geral do Bloco Democrático, afirmou que o seu partido tem lutado para garantir mais dignidade para os trabalhadores angolanos e ao Executivo que dê mais dignidade aos trabalhadores em angolanos devido às condições sejam legais e salariais a que estes estão submetidos que em nada ajuda para o desenvolvimento pessoal, social e das famílias.
Para se pôr cobro a este problema, Muata Sebastião, referiu que o seu partido tem várias estratégias em prol dos trabalhadores. Algumas destas estratégias têm sido encaminhadas ao Governo liderado pelo MPLA, por via do grupo parlamentar da UNITA da qual faz parte no âmbito da Frente Patriótica Unida.
«Nós temos ideias próprias sobre a questão trabalhista e isto tem muito a ver com a concepção que nós temos do país, em termos de crescimento e de desenvolvimento. É preciso apostar no apostar no sector produtivo para aumentar o índice de empregabilidade no país», defende o político que responde pela Secretaria geral do Bloco Democrático que tem iniciativas legislativas para propor ao parlamento a fim de alterar o actual quadro, embora haja já no parlamento uma proposta de alteração da Lei geral do Trabalho que de acordo com depoimentos do terceiro homem da hierarquia do BD, tem causado dificuldades no que respeita a definição do local de trabalho.
“Apresenta um conjunto de questões que põe em perigo a vida do trabalhador, para além da questão do contrato por tempo determinado de trabalho. O trabalhador não terá segurança se efectivamente pode progredir no sector a que foi contratado ou ter a garantia de solicitação de crédito bancário, porque há limitações em termos de segurança. Estas são matérias que devem ser muito bem afloradas e discutidas, porque o trabalhador não pode se sentir inseguro no seu local de trabalho”.
O político que falava por ocasião do dia do trabalhador assinalado nesta segunda-feira 1 de Maio, referiu por outro lado que para além qualidade dos salários, as condições de trabalho para a maioria das classes de trabalhadores, ainda são precárias de modo geral, e não permitem viver com dignidade.
A precariedade do trabalho, de acordo com Muata Sebastião, tem a ver também com a incompatibilidade do salário com o custo de vida em face da depreciação da moeda nacional e a inflação da moeda estrangeira (USD e EU). Os salários, de grande parte dos trabalhadores de base, não satisfazem, nem pelo menos para compra da cesta básica.
«Nós continuamos a pagar muito mal os trabalhadores, ou seja, a nossa referência salarial não tem acompanhado a dinâmica social, sobretudo no que concerne o custo de vida. Continuamos a pagar o trabalhador a partir daquilo que nós interpretamos que podemos dar e não a partir daquilo que representa a necessidade do próprio trabalhador, referiu o político para quem além do trabalho, os operários têm uma vida “e isto tem custos, pelo que não se pode continuar a admitir que as pessoas tenham emprego, mas não tenham capacidade de se sustentar com os salários que auferem”.