Secretária de Estado anuncia subida da captura de pescado

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Números do semestre revelados pela secretária de Estado para as Pescas, indicam que as capturas para 258 986 toneladas naquele período, um crescimento de 100 por cento face ao período homólogo de 2020, quando foram pescadas 165 841 toneladas.

O total pescado dos primeiros seis meses de 2021 foi dominado pela pesca semi-industrial e industrial, que produziram 147 833 toneladas (mais 24 por cento), contra 122 223 toneladas no mesmo período do ano anterior.

A pesca artesanal marítima, com capturas de 110 359 toneladas, superou em 67 por cento as 43 025 toneladas do período homólogo de 2020.

A pesca artesanal continental (feita nos rios) registou perto de 794 toneladas, mais 20 por cento que as 593 toneladas do período homólogo do ano transacto.

O volume de captura do pescado nos primeiros seis meses de 2021 permitiu ao sector contribuir com 8,0 por cento para o Produto Interno Bruto (PIB), superando o ano económico de 2020, quando a participação na formação do PIB foi de apenas 2,7 por cento.

No cômputo de 2020, as capturas da pesca artesanal e artesanal marítima situaram-se em 354 371 toneladas e em 112 246 toneladas, respectivamente, enquanto a semi-industrial atingiu 32 821 e a industrial 199 526, conformando uma produção total de 586 718 toneladas, contra 377 872 em 2019, um aumento de 55,3 por cento.

Com uma capacidade de captura que varia entre 300 a 400 mil toneladas de pescado por ano, as necessidades do país são estimadas em 550 mil toneladas de diversas espécies, segundo fonte do Ministério da Agricultura e Pescas (Minagrip).

Além da produção nacional, Angola importa cerca de 80 mil toneladas (bacalhau seco, filetes congelados e enlatados) por ano, visando equilibrar a oferta e a procura do pescado no mercado interno.

Segundo a secretária de Estado para as Pescas, este ano, o sector prevê ultrapassar a meta inicial das 398 mil toneladas de pescado, tendo em conta o aumento substancial dos níveis de captura registados no primeiro semestre do corrente ano.

A Lei nº 6-A/04, de 8 de Outubro, Lei dos Recursos Biológicos Aquáticos, e as Medidas de Gestão das Pescarias Marinhas, da Pesca Continental, da Aquicultura e do Sal, estabelece que, ao longo do ano, os operadores devem paralisar as actividades nos períodos de veda (paragem biológica), visando garantir a preservação e gestão sustentável dos recursos pesqueiros e do ambiente marinho.

A título de exemplo, o período de veda de camarão de profundidade decorre de 1 de Janeiro a 28 de Fevereiro, o do cachuchu e da corvina (demersais) de Fevereiro a Abril, enquanto do carapau e caranguejo acontece de Julho a Agosto.

Com uma extensão de 1650 quilómetros, a orla costeira de Angola tem uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) de 200 milhas náuticas, a partir da linha de base, caracterizada, em geral, por uma elevada produtividade biológica.

Porém, mesmo com o aumento da produção dos recursos pesqueiros no país, Esperança da Costa reconhece a existência de uma ligeira subida dos preços do pescado angolano, factor influenciado pela conjuntura macroeconómica do país.

Fonte:JA

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