O número elevado de casos de gravidez precoce em adolescentes dos 13 a 17 anos, registado no primeiro semestre deste ano, no município de Mbanza Kongo, província do Zaire, está a preocupar as autoridades sanitárias, considerou, sábado, a chefe de Secção do Planeamento Familiar e Consultas Pré-Natal.
Ana Lunsankueno realçou que a preocupação reside no facto de, entre Janeiro e Junho deste ano, terem sido registados 111 casos de gravidez precoce em adolescentes.
Esses casos foram notificados nas consultas pré-natal a nível do Hospital Provincial do Zaire, localizado em Mbanza Kongo, o que considerou uma situação grave, se se ter em conta que a maioria dessas meninas não se encontram preparadas para serem mães.
A técnica da Saúde avançou que os partos prematuros em mulheres adolescentes podem causar complicações da personalidade da parturiente, como depressão, anemia e hemorragia pós-parto.
“A adolescência é uma fase muito delicada da vida. Elas, se engravidam nessa faixa etária, estão sujeitas às várias complicações psicológicas, social, económica”, referiu Ana Lunsankueno, que pediu aos pais e encarregados de educação, no sentido de manterem o diálogo permanente com as filhas sobre matéria ligada à saúde reprodutiva sem tabu.
Quanto às autoridades sanitárias na região, a responsável assegurou a continuidade de acções de sensibilização, no sentido de inverter a actual situação.
Planeamento familiar
Sobre o planeamento familiar, Ana Lunsankueno avançou que, no período em referência, um total de 303 mulheres em idade fértil foi assistida a nível do Hospital Provincial do Zaire.
De acordo com a técnica, as consultas de planeamento familiar, onde se assistiram mulheres dos 18 aos 50 anos, visam, além de prevenir a gravidez precoce, informar às famílias sobre a necessidade de limitar o número de filhos desejados.
Fonte: JA