Santos Silva diz que ataque a central nuclear mostra “desrespeito pelas regras mínimas”

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Portuguese Foreign Minister Augusto Santos Silva speaks during a news conference with Russian Foreign Minister Sergey Lavrov in Moscow, Russia, Monday, May 31, 2021. (AP Photo/Pavel Golovkin, Pool)

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse esperar que os aliados voltem a condenar “esta guerra perpetrada pela Rússia”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, deplorou esta sexta-feira, em Bruxelas, a contínua agressão militar da Rússia à Ucrânia e o ataque da última madrugada a uma central nuclear, comentando que tal demonstra o “desrespeito pelas regras mínimas”.

Em declarações à chegada ao quartel-general da NATO, para uma reunião dos chefes de diplomacia da Aliança, alargada à Suécia, Finlândia e União Europeia (UE), Santos Silva disse esperar que os aliados voltem a condenar “esta guerra perpetrada pela Rússia”, que “infelizmente continua em curso”.

“Ainda esta madrugada, foi atacada uma fábrica nuclear na Ucrânia, com tudo o que de desrespeito pelas regras mínimas isso representa e também pelo perigo que representa também”, deplorou.

O chefe da diplomacia portuguesa disse esperar que na reunião do Conselho do Atlântico Norte haja uma “concertação de posições entre os 30 aliados” e “firmeza na capacidade de dissuasão e postura defensiva” da Aliança, que já reforçou o seu flanco leste.

AUGUSTO SANTOS SILVA PEDE CORREDOR HUMANITÁRIO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL

“Evidentemente, também tomaremos nota do resultado positivo, mas ainda muito insatisfatório, obtido ontem [quinta-feira] nas negociações diretas entre a Ucrânia e a Rússia, com a abertura de corredores humanitários, que esperamos que sejam concretizados o mais brevemente possível“, disse, recordando que esta guerra já causou mais de um milhão de refugiados.

Questionado sobre que postura deve a NATO ter perante a crescente ofensiva militar russa na Ucrânia, Augusto Santos Silva enfatizou que “a NATO é apenas uma aliança defensiva”, que está a exercer um “direito” que lhe assiste ao reforçar a sua capacidade de dissuasão e defesa, mas reiterou a importância de manter abertos os canais de comunicação com Moscovo, pelo menos contactos a nível militar, os únicos abertos atualmente.

“Mesmo nestas circunstâncias muito difíceis, é muito importante que os militares mantenham contactos entre si, para evitar cálculos errados, escaladas, incidentes indesejados e indesejáveis. E certamente que esses contactos ao nível militar são importantes hoje”, disse.

Todavia, frisou, o foco das discussões dos aliados hoje deve ser uma “avaliação política das consequências desta agressão”, dado a reunião ser ao nível de ministros dos Negócios Estrangeiros, além da concertação de posições entre os aliados “relativamente à postura defensiva”.

LUSA.pt

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