Familiares, colegas das artes e amigos renderam na manhã de ontem, no Comando Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, o último tributo ao artista plástico Mendes Ribeiro, antes da cerimónia fúnebre realizada às 11h00, no cemitério do Alto das Cruzes.
Apesar da limitação de pessoas nos funerais devido à pandemia da Covid-19, dezenas de pessoas, algumas das quais provenientes do Cuanza-Sul, província na qual nasceu Mendes Ribeiro, acompanharam-no à sua última morada, embora muitas pessoas tenham ficado do lado de fora do cemitério.
Num clima de dor e tristeza, o considerável número de pessoas que se deslocou ao cemitério do Alto das Cruzes para acompanhar o funeral espelhou a grandeza artística e humana de Mendes Ribeiro, cuja obra fica patente na memoria dos amantes das artes plásticas, apesar da sua morte na última sexta-feira, por doença.
De acordo com o primogénito de Mendes Ribeiro, o pintor evidenciou-se nas décadas de 1980 e 1990, completaria no próximo dia 25 de Agosto 80 anos e deixou quatro filhos, dos quais três rapazes e uma menina, e seis netos.Presente no velório e no exterior do cemitério, o secretário-geral da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), Tomás Ana “Etona”, disse que a sua presença no funeral, representa o reconhecimento da grandeza artística de Mendes Ribeiro, que o considera uma biblioteca que deixou um legado bem visível no mundo artes .
Autor de várias pinturas, com destaque para “Mulher de Luanda” e “Festa da Ilha”, parte da obra do artista foi direccionada para a ilustração de calendários de empresas petrolíferas, como a Sonangol, Elf , Chevron, Chevron Texaco e instituições bancárias.
Fonte:JA