O ministro da Administração do Território, Marcy Lopes, disse, segunda-feira(14), em Luanda, que é necessária a participação de todos os cidadãos no Registo Eleitoral Oficioso em curso, para que se garanta a transparência do processo, quando falava no encontro com as autoridades tradicionais e religiosas residentes na capital do país.
“Não temos nada a esconder, antes pelo contrário. Precisamos da participação das igrejas, das autoridades tradicionais e de todos os cidadãos, neste processo”, afirmou, sublinhando que os sobas, líderes religiosos e quaisquer cidadãos podem visitar os locais onde estão a funcionar os Balcões Únicos de Atendimento ao Público (BUAP), sem nenhum impedimento, para observar o nível de organização e de atendimento aos cidadãos e que esta participação garante melhor a transparência do processo.
No encontro que decorreu no auditório do Memorial António Agostinho Neto, o ministro Marcy Lopes interagiu com os representantes das confissões religiosas e autoridades tradicionais.
Os participantes ao encontro apresentaram várias questões sobre o processo, com destaque para a necessidade de prorrogação do período de registo eleitoral, numa altura em que faltam apenas 16 dias para o término. Referiu que não há certeza sobre a prorrogação do prazo. A falta de condições materiais para a mobili-
zação dos cidadãos ao registo eleitoral é também uma das questões apresentadas e o ministro Marcy Lopes realçou que só há subsídios para os técnicos que efectuam o registo nos BUAP e que para a sociedade civil o Estado não dispõe de condições, devido às dificuldades financeiras decorrentes do contexto actual.
Uma das questões apresentadas também é a possibilidade de o registo poder ser feito via Internet pelos cidadãos, devido às distâncias e o custo das deslocações, a que o ministro disse não ser possível e é necessário cada cidadão se deslocar ao posto de registo e diga em que local pretende votar.