Registo de crimes diminui

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O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, disse, ontem, em Luanda, que o país registou, no ano passado, 67.097 crimes diversos, uma redução de 3.570 ocorrências comparativamente ao ano anterior.

De acordo com o governante, que falava no acto de inauguração da Delegação Provincial do Ministério do Interior em Luanda, a média de crimes, neste período, foi de 184 delitos/dia.

A redução das cifras criminais deve-se à melhoria do desempenho das forças de segurança, de acordo com o titular da pasta do Interior, que considerou, entretanto, necessário olhar para alguns crimes que tendem a aumentar, como o de ofensas corporais, segundo a Angop.

A esse respeito, Eugénio Laborinho explicou que a maior parte dos crimes ocorre em ambiente familiar, tornando difícil a intervenção policial na perspectiva preventiva.

Outra tipologia de crime que tem aumentado em Angola, segundo o ministro, é o crime de burla cibernética, caracterizado pela relação directa entre o suposto vendedor e o comprador.
Eugénio Laborinho mostrou-se preocupado com o facto de 488 crimes, mais 112 do que em 2019, terem sido praticados com recurso à arma de fogo.

Quanto à investigação criminal, o governante frisou  que as análises mostraram que do total dos processos abertos 30.688 foram remetidos a juízo. Este elemento indica ter havido celeridade na instrução e dentro dos padrões, sublinhou.
Noutro domínio, garantiu que continuam a trabalhar no sentido de dotar os órgãos da Polícia Criminal de infra-estruturas condignas, capazes de melhorar a acomodação e oferecer boas condições de atendimento aos cidadãos.

“Não menos importante é a necessidade da materialização dos programas em curso que visam a modernização dos laboratórios de criminalística, para melhorar a produção de provas, decisivas à fundamentação da acção penal, no âmbito do auxílio que é dado às autoridades judiciais”, referiu.

Por outro lado, Eugénio Laborinho disse que o sector penitenciário foi o mais afectado com a crise económica e financeira que assola o país, agravado pela Covid-19, que tem criado constrangimentos no fornecimento das refeições diárias, assistência médica e medicamentosa e acomodação condigna dos mais de vinte mil reclusos sob a responsabilidade do Ministério do Interior (MININT).

Por esta  razão, acrescentou, o MININT aposta na agricultura, pecuária, piscicultura e industrialização nos estabelecimentos penitenciários, visando a garantia da auto-suficiência alimentar dos reclusos.

Apelou aos investigadores e instrutores do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e da Polícia Nacional a prestarem maior atenção aos novos tipos de crimes, previsto no Código Penal, com destaque para a vandalização de bens públicos, furtos e crimes cometidos por via das novas tecnologias de informação.

A nova Delegação Provincial do Ministério do Interior em Luanda, inaugurada no âmbito do 42º aniversário do Ministério do Interior, que ontem se assinalou, destina-se aos serviços de administração pública.

Fonte:JA

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