Refriango quer recuperar os empregos perdidos

0
433

A Refriango anunciou, sábado último, à Lusa, uma parceria com a Coca-Cola para a produção e distribuição dos sumos Minute Maid, que começam a ser produzidos ainda este mês e vão estar disponíveis em três sabores e recuperar os milhares de postos de trabalho perdidos face à pandemia da Covid-19, segundo noticiou a Agência, que cita o director Executivo da empresa de refrigerantes.

Diogo Caldas disse que, para 2022, a Refriango pretende dar início ao processo de exportação de bebidas aos mercados de São Tomé, Moçambique e República Democrática do Congo (RDC), condição que além de aumentar as vendas também vai resultar na contratação de mais trabalhadores, muito acima dos despedimentos calculados em mil trabalhadores até aqui.

“Estas novas parcerias e projectos, não só para consumo interno, mas também para a exportação, podem obrigar-nos a trazer as pessoas e contratar novas pessoas, e o que nós queremos é recuperar as pessoas que perdemos”, disse.

Por outro lado, Diogo Caldas disse acreditar muito neste modelo de parcerias, pois estão em Angola, conhecem e acreditam no país, pois é pretensão dos investidores a continuidade na atracção de parceiros e investidores para Angola e sermos, de certa forma, uma ajuda para atrair parceiros, capital de investimento para este país”, afirmou à Lusa o CEO (director executivo) da Refriango, Diogo Caldas.

A empresa pretende, além de atrair parceiros e investidores, olhar para a exportação, “um factor importante que irá ajudar Angola”, sublinhou e, segundo Diogo Caldas, a Refriango está a olhar para os países à volta para perceber o que pode exportar, não só a nível de marcas próprias, mas também dos seus parceiros: “A nossa ambição é exportar já a curto espaço, talvez já no próximo ano, para a República Democrática do Congo, Moçambique e São Tomé e Príncipe”.

“É uma parceria muito importante para a Refriango, sentimo-nos privilegiados”, assinalou o responsável, acrescentando que o acordo permitirá à empresa preencher a sua capacidade instalada, com 27 linhas de enchimento e uma capacidade de 2,5 mil milhões de litros, que poderão satisfazer as necessidades do mercado interno e de exportações.

Na conjuntura actual, marcada pela crise económica e financeira e pela pandemia da covid-19, a empresa foi, igualmente, afectada, e teve de se ajustar e estruturar àquilo que é a realidade e os desafios do país, disse Diogo Caldas, salientando que continuam optimistas e à procura de soluções.

“Tivemos de fazer um ajuste. Tínhamos uma estrutura maior, mas, infelizmente, por toda a situação económica do país, pelas dificuldades do poder de compra, tivemos de ajustar a nossa equipa de pessoal para continuarmos também o nosso caminho e os nossos projectos”, disse o CEO, indicando que se perderam 1.000 postos de trabalho devido à pandemia de covid-19.
A parceria com a Coca-Cola vem somar-se à já existente com a Diageo, na área das bebidas espirituosas, para a distribuição e produção de marcas de gin e whiskey produzidas de acordo com os parâmetros internacionais.

Por sua vez, a directora de marketing da Coca-Cola Company para Angola, Paula Lima Matoso, disse que a multinacional norte-americana estava a tentar introduzir a marca no país e que este projecto estava “há algum tempo na gaveta”.
A Refriango é uma em-presa especializada na produção e distribuição de refrigerantes, sumos, águas, bebidas energéticas e alcoólicas, detentora de um portfólio de mais de uma dezena de marcas.

Detém uma das maiores unidades industriais do continente africano, com 42 hectares, 28 linhas de enchimento e uma capacidade de produção de mais de 2.300 milhões de litros por ano, criando mais de 2.000 empregos directos. Está presente no mercado angolano há 17 anos, já investiu, até aqui, mais de 600 milhões de dólares, de forma faseada, tendo uma perspectiva a longo prazo para desenvolver os negócios.

Fonte:JA

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui