Realizadores e filmes africanos ganham mais espaço na Itália

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O cinema africano está a ser projectado, desde esta segunda-feira (14), na cidade de Florença, em Itália, com a realização da 8ª edição do Kibaka Film Festival, uma iniciativa criada para dar maior projecção as produções e aos realizadores do continente berço.

Este ano, o festival, iniciativa da associação angolana Njinga Mbande e de Matias Mesquita, vai procurar mostrar a actual realidade dos afro-descendentes, muitos ainda vítimas de racismo e de discriminação.

Na programação deste ano, a organização vai trabalhar com os estudantes do Instituto Médio Galileu Galilei, de Florença, e conta com o apoio de Bella Presenza – Progetto con i Bambini, a embaixada de  Angola na Itália, o Museu e Instituto de Pré-História e a Associação Projecto Arcobaleno.

Num total de 15 curtas-metragens a serem exibidas, o festival é parte da programação do Black History Month Florence 2022, que saúda Fevereiro como o mês da História Negra. Numa nota de imprensa, Matias Mesquita afirma que ao contrário do ano passado, que a edição totalmente online, nesta, sem o serviço de “streaming”, a aposta está virada ao retorno do público às salas de cinema. “Teremos, pela primeva vez, uma aula magna dada pelo director e produtor afro-descendente Fred Kuwornu, nascido na Itália e residente em Nova Iorque”, explicou.

O activista cultural angolano, Matias Mesquita, informou, ainda, que o projecto vai ajudar a contribuir para o Fundo de Contraste da Pobreza Educativa Juvenil, no qual a Associação Njinga Mbande é parceira. “Temos uma secção destinada às crianças e estamos muito felizes com o envolvimento de alguns jovens italianos, um exemplo de como as barreiras culturais podem ser quebradas para apoiar a comunidade local”, disse.

Durante alguns dias do festival, esclareceu, vão ser realizadas oficinas de curtas-metragens sobre os afro-descendentes e a migração.

Ontem, no dia de abertura o festival teve como destaque um encontro entre os alunos do Instituto Medio Galileu Galilei e os realizadores afrodescendente Cecilia Garding e Kassim Yassin. O dia ficou ainda marcado com a exibição dos filmes “Kimpa Vita: A mãe da Revolução Africana”, do realizador congolês- angolano Ne Kunda Nlaba, e “Children Children’s”, dos ingleses Rikki Beadle-Blair e Tritan Fyn – Aieduenu.
Hoje, o destaque são os filmes “Jamaica & Tamarindo”, “Lipstick” e “Soul River e Black Memories”.

FONTE: JA

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