O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, instou as autoridades de segurança e as comunidades a cooperarem na detenção dos responsáveis pelos ataques armados em várias tabernas, no país, que provocaram, pelo menos, 21 mortos nos últimos dias.
“Como nação, não podemos permitir que sejamos aterrorizados dessa forma por criminosos, independentemente de onde tais incidentes possam ocorrer”, salientou em comunicado o Chefe de Estado sul-africano, citado pela Lusa.
“Como Governo, cidadãos e estruturas da sociedade civil, todos devemos trabalhar em conjunto ainda mais de perto para melhorar as condições sociais e económicas nas comunidades, reduzir o crime violento e acabar com a circulação ilícita de armas de fogo”, adiantou.
Na óptica do Presidente sul-africano: “Cada morte violenta é inaceitável e preocupante, e assassinatos na escala que vimos no Soweto (arredores de Joanesburgo), em Pietermaritzburg (Sudeste do país) e anteriormente em Khayelitsha (Cidade do Cabo) devem-nos estimular a um esforço colectivo para construir comunidades e tornar a África do Sul um lugar inseguro para criminosos”.
No comunicado, o Chefe de Estado sul-africano lamentou a ocorrência dos incidentes, enviando condolências às famílias das vítimas e votos de rápida recuperação aos sobreviventes.
No Soweto, o maior município de Joanesburgo com cerca de dois milhões de habitantes, homens encapuzados armados atacaram, na madrugada de segunda-feira, uma taberna disparando aleatoriamente com armas automáticas de alto calibre e pistolas de 9mm, provocando, pelo menos, 15 mortos e 9 feridos, entre 19 e 35 anos, segundo um novo balanço da Polícia sul-africana.
O incidente ocorreu cerca das 00h30, hora local, em Orlando Este, na taberna Mdlalose, situada no bairro informal de Nomzamo, horas antes da conferência provincial do ANC (Congresso Nacional Africano), o partido no poder, em Gauteng.
Anteriormente, as autoridades haviam confirmado a morte de 12 pessoas e transportaram 11 para o hospital, disse à televisão o comissário da Polícia Elias Mawela.