Atletismo, natação e ginástica são as modalidades mais emblemáticas das 33 em concurso em Tóquio2020, que marca a estreia do surf, escalada, skate e karaté em Jogos Olímpicos.
A ideia de aproximar o maior evento desportivo do mundo aos jovens, inserida nas reformas da Agenda Olímpica 2020, contribuiu decisivamente para a aposta nestas quatro novas modalidades.
Esta demonstração de inovação vai repetir-se em Paris´2024, na qual se repetem os três primeiros desportos e aos quais se juntam o break dance, deixando o karaté, nascido no Japão, de integrar o programa.
Às 28 modalidades no Rio2016 foram acrescentadas competições de surf, escalada, skate e karaté, por “representarem uma combinação de desportos bem estabelecidos e emergentes, com uma enorme popularidade no Japão e noutros países” e com “uma forte capacidade de atracção entre os jovens”.
Originário de Okinawa, que pertencia à China imperial e actualmente faz parte do Japão, o karaté procurava a integração olímpica desde a década de 1970, estreando-se agora no Nippon Budokan, conhecido por ser a casa espiritual das artes marciais japonesas, especialmente o judo, que aqui se estreou no calendário dos Jogos, em 1964.
Na escalada, os atletas de ambos os sexos têm desafios em que testam a dificuldade, rapidez e a resistência, sendo que o ouro vai para quem tiver melhor desempenho no conjunto destes diferentes desafios.
Na velocidade, dois adversários tentam escalar uma parede de 15 metros de altura, colocada num ângulo de 95º, mais rápido do que o seu oponente, em rotas idênticas. No desafio da resistência, os competidores escalam o maior número possível de rotas fixas em quatro minutos, numa parede de 4,5 metros, equipada com esteiras de segurança: os percursos variam em complexidade e os escaladores não podem praticar antecipadamente.
Quanto à dificuldade, a ideia é, em seis minutos, tentar escalar o mais alto possível numa parede com mais de 15 metros: se um escalador cair, a altura alcançada é registada, pois não há nova subida.
O skate (terá um representante português, Gustavo Ribeiro) vai ter a vertente de rua e de parque, sendo a primeira disputada numa pista plana e repleta de obstáculos, enquanto a segunda decorre numa estrutura em formato de piscina, valorizando-se a nota artística dos exercícios realizados. O grau de complexidade das manobras, a elevação, velocidade, ousadia e originalidade, bem como a qualidade de execução, são valorizados para a nota final.
As variantes do surf
No surf, o melhor é esperar pela onda ideal para manobras inovadoras e progressivas, com os desportistas a apostar na variedade, velocidade, potência e fluxo, num desempenho que premeia também o grau de dificuldade.
A soma das duas ondas mais pontuadas durante os 30 minutos de cada bateria fixam a nota de uma competição que principia com grupos de quatro/cinco oponentes e, depois, já mais próximo das medalhas, com eliminação em embates entre dois surfistas. Esta modalidade depende muito das condições do mar, pois o estado das ondas, a direcção e a força do vento.
De registar ainda algumas novidades nestes Jogos, nomeadamente a criação da variante de rua “3×3”, no basquetebol, da estreia do BMX Freestyle e do Madison no ciclismo de pista, bem como a primeira vez da estafeta mista do triatlo. As novidades juntam-se às chamadas modalidades eternas, casos de atletismo, natação e ginástica.
Fonte:JA