A progressão de ravinas, em vários municípios, poderá colocar em risco estradas, linhas férreas, zonas residenciais e outras infra-estruturas socioeconómicas e de interesse público da província do Huambo, segundo o director do Gabinete Provincial de Infra-estruturas e Serviços Técnicos.
Francisco Neto adiantou que as autoridades administrativas da província têm cadastradas doze ravinas consideradas de “grande profundidade e largura”, apontando, como exemplo, os casos de três ravinas, sendo uma ao longo da linha férrea na comuna do Lépi, outra na estrada que liga a cidade do Huambo à comuna do Alto Hama e outra no município do Bailundo. As três ravinas, referiu, necessitam de “uma intervenção imediata, de carácter definitivo”, para se evitar danos maiores.
O também arquitecto acrescentou que são necessários mais de 250 milhões de kwanzas para estancar ravinas na província do Huambo. “Quan-to mais tempo demora a intervenção, mais funda se torna a ravina, fazendo com que os trabalhos para estancá-la se tornem mais caros”, salientou, garantindo que na província do Huambo já foram intervencionadas várias ravinas, como a que estava a se aproximar da Centralidade do Lossambo e outra no município da Ecunha, que ameaçava cortar a estrada.
Cooperativas agrícolas
Mil e oitocentas e sete famílias camponesas da aldeia de Ussucula, município da Ecunha, na província do Huambo, organizadas em associações e cooperativas agrícolas, contam, desde a semana finda, com um centro de apoio à actividade agrícola e de armazenamento de produtos.
O centro tem capacidade para armazenar mais de três mil toneladas de produtos diversos. As obras ficaram orçadas em mais de 22 milhões kwanzas, num financiamento do Banco Mundial e Governo do Huambo, no âmbito do Projecto de Agricultura Familiar e Comercialização (Mosap II), segundo o director do Gabinete Provincial da Agricultura, Toni Daniel Camuti. “Estão criadas as bases para o desenvolvimento de pequenos negócios, de comércio, produção agro-pecuária e outros serviços ligados ao sector agrícola”, referiu Toni Daniel Camuti.
A administradora municipal da Ecunha, presente na inauguração do centro, afirmou que o Governo da província do Huambo, dentro das acções no sector da agricultura familiar, tem estado a trabalhar no sentido de melhorar as condições de vida das famílias camponesas, com a implementação de vários projectos.
Segundo Guilhermina Bacia, com a entrada em funcionamento do centro, se vai reforçar o apoio às associações e cooperativas de camponeses, com o fornecimento de insumos e construção de infra-estruturas, com vista a garantir a produção, processamento, escoamento e comercialização dos produtos.
O Mosap II, segundo Joaquim Pinto Afonso, chefe de Departamento do Instituto de Desenvolvimento Agrário, tem em carteira, além da construção de infra-estruturas de apoio às cooperativas agrícolas, a distribuição de insumos agrícolas, construção de infra-estruturas de rega, como barragens e valas de irrigação, nos onze municípios da província do Huambo.
Estácio Camassete | Huambo
e Justino Victorino / Ecunha
Fonte:JA