Contrariando os profetas da desgraça, que procuram reduzir as instituições do Estado em meras caixas de ressonância do partido que sustenta o Governo, o Presidente da República, João Lourenço, acaba de acolher, com agrado, as primeiras contribuições do Conselho Económico e Social, prometendo pronunciar-se, esta semana, sobre os assuntos mais prementes abordados na reunião de sábado
O Titular do Poder Executivo quer contar com a contribuição de todos, principalmente de especialistas das várias áreas do saber, para que, em conjunto, se possam encontrar as melhores soluções para tirar o país da actual situação difícil por que passa.
Diante das enormes dificuldades económicas e sociais, agravadas pela pandemia da Covid-19, podem até os eternos pessimistas fazer os mais variados e sombrios juízos de valor, mas o que fica claro é que da parte do Titular do Poder Executivo há vontade política para ouvir as pessoas e encontrar as melhores soluções para os problemas que tocam a vida dos angolanos.
Não se trata já de um exercício de charme para inglês ver. Até porque os angolanos estão obrigados a não voltar a falhar. É uma exigência das novas e das futuras gerações construir um país melhor. Não mais voltar a um passado de exclusão económica e social. O importante, agora, é que as pessoas não se deixem levar por ideologias anacrónicas para travar esta vontade dos angolanos construírem um país de todos e para todos, onde apenas o trabalho honesto seja o marco para a criação de riqueza.
Durante o encontro de sábado, entre o Presidente da República e os membros do Conselho Económico e Social, as partes reafirmaram que o país precisa de alavancar a agricultura, agropecuária, pescas, hotelaria e turismo, formação profissional, transportes, logística e, com isso, gerar postos de trabalho.
Na prática, o país tem estado a dar passos importantes para atingir a auto-suficiência alimentar. Além do apoio técnico e financeiro directo aos camponeses e às cooperativas agrícolas, o Governo acaba de anunciar a aquisição de 500 viaturas de carga, com capacidade média de 6,5 toneladas, para ajudar os agricultores a escoar os produtos das zonas de produção para os centros de consumo. Tudo isso para que nada se estrague e o país possa viver do que produz, deixando de ser o eterno importador de alimentos, que apenas beneficia as economias de outros países.
Fonte: JA