Presidente da UNITA com moradia milionária em Portugal

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A Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, é um português escondido no galinheiro aqui no país. Morador em Milheirós-Maia em Portugal, na estrada Manuel Vieira Neves da Cruz, que lhe custou milhões. Os seus companheiros estão preocupados com a actual direcção do homem tuga. A preocupação tem haver com o rumo que o partido está a tomar.

N´TEKA PEDRO SUMBO| ZAIRE

Adalberto Júnior, segundo uma informação posta a circular nas redes sociais e nos portais em Angola está comprovado que ele votou nas últimas eleições em Portugal.  

Adalberto Costa Júnior, é, mesmo cidadão português, morador do Milheirós -Maia em Portugal, como nos confirma a imagem do Google no norte de LISBOA com o registo de residência número 43.

Adalberto Costa Júnior sem tribeira, sem beira nem eira volta a socorrer-se dos vulgos “revús” para derrotar o M nunca vai acontecer.

Depois de ter regressado de Portugal, para onde se deslocara em busca de suporte para o suporte da sua estratégia de confrontação ao Maioritário e evitar o engolir de sapos, o português que lidera a UNITA Adalberto Costa Júnior reuniu-se recentemente com a ala feminista dos revús.

A sobredita reunião teve agenda a constituição de uma plataforma política envolvendo a UNITA e os revús. Entretanto, durante o encontro houve divergências quanto ao formato a adoptar para a constituição da plataforma em causa. O principal pomo de discórdia centrou-se na integração de Abel Chivukuvuku.

Para Laura Macedo “a participação do mesmo é dispensável, pois não agrega valor, antes pelo contrário, o seu envolvimento poderá dar azo ao surgimento de conflitos por se tratar de uma figura problemática. Já Laurinda Gouveia é apologista da integração de Abel, razão pela qual sugeriu a Adalberto no sentido de esquecer as diferenças entre o mesmo e alguns dirigentes do Galo Negro que o rotulam até hoje como “traidor”.

Em gesto de conclusão Adalberto Costa Júnior afirmou estar em curso uma estratégia para derrubar o MPLA nas próximas eleições. Um maluco é que pode pensar em derrubar a M. Quanto à integração de Abel Chivukuvuku na Unita ou numa coligação liderada pelo fracassado maior partido da oposição Adalberto Costa Júnior TUGA, prometeu levar o assunto à consideração do fracassado Grupo Parlamentar.

O desnorte de ACJ é tão grande que demonstra cada vez mais incapacidade de liderar a Unita, quanto mais uma plataforma da oposição. A cada dia vai somando pontos pela negativa, pois não se pronunciou ainda sobre o “caso David Mendes” nem sobre a situação da Rádio Despertar, para não falar das acusações do irreverente Jornalista Carlos Alberto que o acusa insistentemente de fraude académica.

Para se juntar à ala feminista dos revús, das duas uma, ou os resultados da sua ida não lhe saíram à contento, ou foi aconselhado pelos seus “patrões” a juntar-se ao Abel e aos revús. Mas, tal como se vê, o desespero é incomensurável por colocá-lo no velho dilema de convencer os conservadores do Galo Negro que, tanto rejeitam o retorno de Abel, quanto questionam o atraso para o recebimento do apoio financeiro dos marimbondos.

O final de 2020 não foi tão mal para Adalberto Costa Júnior que não possa piorar. Em 2021 vislumbra-se mais do mesmo, porquanto esta tentativa de juntar a fome com a vontade de comer certamente resultará em desastre político para Unita. Tornar-se-á mais fácil para o Maioritário derrotá-los todos juntos, pois transformar-se-ão em presas fáceis!

Adalberto da Costa Júnior, de 58 anos, tornou-se o terceiro presidente da UNITA, o principal partido da oposição angolana, depois do fundador Jonas Savimbi, e do líder que realizou a transição em 2019, Isaías Samakuva.

O novo líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que derrotou outros quatro candidatos na eleição decidida no XIII Congresso do partido, entrou na corrida com uma candidatura condicionada – teve de fazer prova da renúncia à nacionalidade portuguesa, mas foi dado como um dos favoritos desde o início.

BIOGRAFIA DE UM TUGA

Nascido a 08 de Maio de 1962 em Quinjenje, acidentalmente então na província de Benguela e atualmente pertencente ao Huambo, com 44 anos de militância no partido do “Galo Negro”, o deputado e líder da UNITA conheceu Jonas Savimbi em 1975, no Seminário de Quipeio, na Caála, e regressou a Benguela com o início da guerra civil.

Francisco Costa, o seu irmão mais velho, era na altura Comandante da Polícia Militar da UNITA, o que somado às opções dos pais, também militantes, pesou na sua decisão de aderir ao partido de Savimbi.

Em 1977, altura em que se deram os acontecimentos conhecidos como “Fraccionismo”, com início em 27 de maio, foi juntamente com outros alunos do liceu levado para um campo no Lobito, onde presenciou o fuzilamento de centenas de pessoas.

“Este episódio ficou-me gravado fortemente até aos dias de hoje e reforçou-me as opções políticas”, escreve na sua nota biográfica.

A militância da família teve desfechos infelizes, com o pai a ser preso e o cunhado a ser fuzilado após ser detido múltiplas vezes.


Adalberto da Costa Júnior sai de Benguela para Luanda em 1978, para escapar a uma mobilização forçada, e é a partir daí que “depois de muitos esforços”, consegue um salvo conduto e parte para Portugal, onde vai dividir o tempo entre a formação académica, concluindo o curso de engenharia eletrotécnica no Porto, e a militância partidária.
 Durante alguns anos é responsável pela JURA, organização juvenil da UNITA, e depois pelo partido no Porto, apresentando-se como “um mobilizador de relevo, com trabalhos de apoio ao esforço da resistência no interior do país”.Enquanto estudante em Portugal e já responsável pelos comités do partido, chefiou a delegação da UNITA que recebeu Jonas Savimbi, no Porto, nos finais dos anos de 1980, e em 1991 é chamado à Jamba e nomeado representante da UNITA em Portugal.
“Com passagens regulares pelo interior do país, coube-me a partir de Lisboa, acompanhar com prioridade a situação dos quadros da UNITA detidos em Luanda”, conta, referindo várias missões externas, das quais destaca a luta contra as sanções e a busca da paz, a partir de Roma e do Vaticano, sob orientação de Savimbi.

Após a morte do fundador do partido, em 2002, regressa a Angola e é nomeado secretário provincial em Luanda, participando na organização dos quatro congressos realizados desde 2003.
 
“O cartão de membro de 1975, sempre me acompanhou, ora no forro dos casacos, ora na contra capa dos sapatos, ora escondido nas contracapas das pastas, passou pelos controlos, em momentos de grande risco e tem hoje as marcas destes longos anos e percurso”, conclui na sua nota biográfica. Um bandido vestido de bom filho de Angola.

COM AGÊNCIAS