
No final de Setembro de 2022, registaram-se 61.626 ofertas de trabalho que ninguém quis, a maioria na AML (27.377). BdP diz que há “incompatibilidade entre a procura e a oferta”.
Vendedores, informáticos e trabalhadores de “call center” são as vagas que ficam sem resposta. Ofertas de trabalho sem correspondência subiram 43,9%.
No terceiro trimestre do ano passado, o número de empregos vagos registados no Ministério do Trabalho ultrapassou os 60 mil, número que tem vindo sempre a aumentar. Ao todo, no final de Setembro de 2022, registaram-se 61.626 ofertas de trabalho que ninguém quis, a maioria na Área Metropolitana de Lisboa (27.377). Segue-se a região Norte (18.117) e Centro (9.844).
Os dados foram avançados pelo Jornal de Notícias, que acrescenta que os grupos profissionais mais procurados pelos empregadores variam de região para região. Em Lisboa, Algarve e no Alentejo, procuram-se principalmente “trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção e segurança e vendedores”. No caso da região Norte, Centro e ilhas, procuram-se “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices”. Segundo o jornal, para colmatar a falta de trabalhadores na área da construção, quem procura tem recorrido à mão-de-obra estrangeira.
Segundo os dados apresentados, existe também mais dificuldade em preencher as vagas quando se trata de uma empresa maior. Nas microempresas, a taxa de não-preenchimento de vagas é de 1,7% e nas pequenas e médias é de 2,1%. Ao olhar para as grandes empresas o número aumenta para 2,9%. O Banco de Portugal considera que o crescimento dos empregos vagos numa altura em que a taxa de desemprego está baixa deve-se à “incompatibilidade entre a procura e a oferta”.
