População do Waku-Kungo diz acreditar em dias melhores

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Waku-Kungo, sede do município da Cela, na província do Cuanza-Sul, assinalou, no passado dia seis, 52 anos da sua elevação à categoria de cidade.

Um ângulo do Waku Kungo que regista inúmeras realizações no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios

Segundo o administrador municipal da Cela, Francisco Mateus, as autoridades e os munícipes acreditam, a cada ano que passa, em dias melhores, com a execução de projectos que visam a melhoria da qualidade de vida. 

“São inúmeras as realizações que a cidade vem conhecendo nos últimos tempos, sobretudo com a implementação do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM)”, disse o administrador, que manifestou optimismo em relação ao desenvolvimento da região, tendo em conta as  potencialidades agropecuárias e turísticas.

Francisco Mateus acrescentou que, passados 52 anos, a cidade do Waku-Kungo continua a crescer, sobretudo o sector Social, que vai respondendo aos anseios da população. Destacou a melhoria da imagem da cidade, através de acções de requalificação. 

“Temos de trabalhar juntos para que possamos identificar e solucionar os problemas”, frisou, acrescentando que o processo de desenvolvimento da cidade do Waku-Kungo abre oportunidades de investimentos a empresários nacionais e estrangeiros. Garantiu que a Administração Municipal vai dar apoio a todos que se interessarem em executar projectos na região.

Francisco Mateus disse que, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM), a Cela foi contemplada com doze projectos. 

Entre os ganhos alcançados, apontou a construção de uma escola com sete salas de aula, a operacionalização dos serviços básicos de saúde e de saneamento, a aquisição de meios de saneamento básico, terraplanagem de ruas dos bairros periféricos, instalação da iluminação pública, de bancadas no jardim municipal, bem como de outras infra-estruturas de impacto social.

O administrador da Cela apelou à população no sentido de contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do município, pautando pela convivência sadia.  

“É necessário que a população e os visitantes saibam conservar os bens públicos que o Governo está a recuperar e a colocar à sua disposição”, sublinhou o administrador da Cela.

Dinamização turística

O administrador Francisco Mateus considerou que a revitalização do sector turístico traz inúmeros benefícios à região, não só do ponto de vista de ocupação dos tempos livres, como, também, da geração de empregos, sobretudo para jovens. “Não podemos falar sobre a dinamização do turismo sem olharmos para a rede hoteleira, por ser a componente que garante o acolhimento de turistas”.

Francisco Mateus garantiu que a exploração das potencialidades turísticas consta entre as prioridades do programa para os próximos tempos, tendo em conta os rendi-

mentos que possam advir nas vertentes social e económica. “Temos potencialidades turísticas no nosso município, mas, por falta de investimentos, estão quase em estado de abandono, sem o seu real aproveitamento por parte dos munícipes e, com isso, perdemos muitas receitas, bem como oportunidades de emprego para os jovens”.

Citou como exemplos de locais turísticos à espera de reabilitação urgente o Miradouro da Cidade (Morro Waku), os centros de emissores da TPA e da RNA, a Capela do Monsanto, na Aldeia nº 6, o Lago dos hipopótamos, entre outros.

Habitantes pedem mais acções

Habitantes da cidade do Waku-Kungo enalteceram os ganhos que a região agropecuária da província do Cuanza-Sul tem registado nos últimos 52 anos.

Entre os ganhos registados, a população apontou a construção de escolas, a recuperação de jardins, a instalação da iluminação pública, passeios, bem como outros equipamentos sociais que estão a conferir outra imagem à cidade e garantir o bem-estar dos munícipes.

“No passado vivíamos às escuras por falta de energia, mas a situação ficou ultrapassada com a construção da subestação eléctrica e actualmente, já conseguimos conservar os produtos frescos e/ou estudar no período nocturno”, disse o munícipe Manuel Marques.

Silvina Pedro, outra munícipe, disse que a cidade do Waku-Kungo está a ganhar outra imagem, fruto do esforço do Governo do Cuanza-Sul, da Administração Municipal, bem como do Executivo, que, na sua visão, têm vindo a implementar programas e projectos que visam criar melhores condições de vida para a população, como os casos do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), programa de desenvolvimento local e de combate à pobreza.

Histórico do nome

Segundo fontes orais, Waku, nome originário de Haku, significa, de acordo com a tradição da região, o bairro dos naturais de Kungu, a nomenclatura do sobado, que aportuguesado passou a chamar-se Waku-Kungo.

Os portugueses chamaram-no de Santa Comba, tendo em conta a semelhança, em termos climáticos, com a região de Santa Comba Dão, terra onde nasceu António Salazar. Para lhe conferir maior importância, a Cela foi, durante a vigência do sistema colonial, o maior Colonato em Angola, onde famílias portuguesas se fixaram, desenvolvendo a agropecuária.

A actual denominação de Waku-Kungo surgiu nos anos de 1977/1978, resultante da confluência de dois morros, o Waku e o Kungo. 

Fonte: JA

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