PM são-tomense diz que acordo permite passar “para uma CPLP das pessoas”

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O Primeiro-Ministro são-tomense disse que o acordo de mobilidade que será assinado na cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Luanda, “não será um acordo perfeito”, mas permitirá passar “para uma CPLP das pessoas”.

“A mobilidade será o pano de fundo (da cimeira) para que os empresários se encontrem, os jovens se cruzem, que passemos desta CPLP institucional, formal, para uma CPLP das pessoas, em que, de facto, seja um grande espaço de mobilidade, apesar de saber que não será um acordo perfeito”, afirmou Jorge Bom Jesus à Lusa.

O Primeiro-Ministro de São Tomé e Príncipe considera o acordo como sendo “um chapéu geral”, que será aplicado depois em função das especificidades de cada país.
“É um chapéu geral, mas depois haverá acordos bilaterais ou especificidade naturalmente de cada país”, acrescentou Jorge Bom Jesus.

O governante sublinhou ainda que a XIII Cimeira de Luanda vai permitir a “partilha de espaços físicos para abordagem de aspectos gerais e questões mais especificas nos tempos de retoma e resiliência”, passados os períodos mais difíceis da pandemia de Covid-19.

“Temos que juntar as forças para encontrarmos novas soluções para velhos problemas estruturais, sobretudo do ponto de vista económico”, salientou o Primeiro-Ministro são-tomense, que está em Luanda acompanhado da ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Edite Tenjua.
“As comunidades são precisamente para juntarmos as forças e enfrentar os problemas, porque eles são comuns, daí as soluções também terem de ser comuns”, acrescentou.

Covid-19

O governante explicou que leva também para a cimeira a sua experiência de combate à pandemia de Covid-19, considerando que os resultados alcançados no combate à doença “são bastante aceitáveis, satisfatórios”.
“Temos a situação estabilizada, controlada, já vamos no terceiro processo de vacinação e essas experiências serão partilhadas”, adiantou Jorge Bom Jesus, sublinhando que a participação do país no evento ao nível do Chefe do Governo e do Presidente da República será “uma mais-valia”.

O chefe do Executivo são-tomense disse que o país “vai ter uma participação na plenitude” na cimeira, à margem da qual vai ter encontros bilaterais para discutir a cooperação.
“Nós já agendamos alguns encontros, com alguns países, para vermos as questões mais específicas com Angola, país com o qual nós partilhamos vários dossiers económicos, da dívida, investimentos nas áreas dos combustíveis e outros investimentos estratégicos”, explicou o Primeiro-Ministro.
O Presidente da República, Evaristo Carvalho, também está em Luanda, para participar na cimeira.

Fonte:JA

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