Perspectivas de desenvolvimento animam os residentes do Bengo

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Com o acto de consignação e consequente arranque das obras de conclusão do Projecto do Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD), em Setembro do ano passado, no Bengo, abriram-se novas perspectivas sociais e económicas para Angola e para a província.

´O projecto, enquadrado no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018/2022, em sinergia com outras iniciativas infra-estruturais do sector, deve permitir que o país alcance segurança energética, cujo investimento, avaliado em cerca de 499 milhões de dólares, pode assegurar a criação de 3.500 postos de trabalho directos e indirectos, durante a construção, e pelo menos cem postos fixos na fase posterior.
Sendo parte integrante da futura Zona Franca, na comuna da Barra do Dande, município do Dande, o TOBD virá a beneficiar de um regime que deve promover o país como uma plataforma local e regional de produção, armazenamento e comercialização de produtos derivados do petróleo e associados.
O TOBD é um projecto estratégico que se enquadra no âmbito do processo de optimização da logística de armazenamento e distribuição de produtos refinados a nível nacional, e fundamental para a implementação da liberalização do mercado de combustíveis.
“A construção do TOBD representa uma mais-valia ao sector petrolífero nacional, tendo em conta que vai melhorar a distribuição de combustível para o interior e posicionar Angola como uma plataforma de armazenamento e distribuição de derivados do petróleo para a região”, afirmou, na ocasião, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
A infra-estrutura pode ser utilizada para armazenar produtos das refinarias nacionais que, dessa forma, poderão operar sem limitações e de acordo com as tendências de mercado.
O projecto permitirá armazenar em condições operacionais adequadas, cerca de 250.000 metros cúbicos de combustíveis, para atender às Reservas Nacionais Estratégicas e de Segurança. A empreitada de construção foi adjudicada à empresa OECI, S.A, ao valor de 499.057.617,69 de dólares, equivalente a 316 mil milhões 387 milhões 58 mil e 829 kwanzas e 31 cêntimos, despesa aprovada através do Despacho Presidencial nº173/20, de 1 de Dezembro.
O empreendimento vai oferecer serviços de armazenamento de alta qualidade de produtos refinados derivados do petróleo, a nível nacional e internacional, com preços competitivos, posicionando-se assim como parceiro estratégico que garante a satisfação dos seus clientes.
O mesmo é composto por uma infra-estrutura marítima de grande porte, com três unidades, contemplando entre outras componentes linhas de descarga para navios até 150 mil toneladas, em 24 horas, berços para atracagem, quebra-mar e 16 tanques para armazenamento de combustíveis (13 serão adicionados em fases posteriores do projecto, para atingir os 29 previstos).

 Terá um parque de armazenamento composto por oito tanques de gasóleo, cuja capacidade total é de 320.000 metros cúbicos, igual número de tanques para preservar 160.000 metros cúbicos de gasolina, e 34 bullets de 3.000 metros cúbicos cada. Dependendo da demanda de mercado local e regional, os trabalhos de construção dos restantes 13 tanques só terminam na 2ª fase, para dar ao TOBD uma capacidade total de armazenamento de 728.500 metros cúbicos.

Com a conclusão de 16 dos 29 tanques previstos, o TOBD terá na 1ª fase, uma capacidade total de 582.000 metros cúbicos de gasóleo e gasolina, para o mercado local. O parque de armazenamento será interligado a uma Ponte Cais, onde, de forma segura e eficiente, fará a recepção e expedição de produtos.
Sendo um dos objectivos plasmados no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, a execução do projecto deverá entrar na fase de conclusão, no final deste ano.
“Estamos convictos de que uma iniciativa com esta dimensão traz inúmeras valias para a nossa província, com vista a melhoria das infra-estruturas que servirão de apoio ao Terminal, como as vias de comunicação, bem como o reforço da capacidade de fornecimento de energia eléctrica e distribuição de água potável nesta região”, referiu a governadora do Bengo, Mara Quiosa.
  Grande projecto de aquicultura na Fazenda King Solomon

No dia (16 de Dezembro) em que inaugurou o gigantesco projecto de aquicultura, na Fazenda King Solomon, a governadora Mara Quiosa assegurou que o Governo vai continuar a estimular e encorajar o sector empresarial para que mais investimentos cheguem à província do Bengo, muito rica em recursos hídricos e terras aráveis.
Mara Quiosa apelou aos empresários no sentido de conhecerem as potencialidades da província e investir, “porque nenhuma economia cresce sozinha e o sector empresarial é fundamental para o desenvolvimento de qualquer país”. Além da criação da venda de peixe, a Fazenda King Solomon comercializa alevinos, ração para peixe e árvores de frutas em viveiros. No local, estão a ser investidos cerca de cinco milhões de dólares norte-americanos, numa área de 20 hectares, para garantir uma produção mensal de pelo menos 100 mil toneladas de cacussos ou choupas.
Na primeira fase do projecto, a King Solomon Group beneficiou, do Banco Keve, um empréstimo financeiro no valor de dois milhões de dólares, que já foi investido na construção de 88 tanques, sendo 34 de alevinos, 48 de engorda e seis de reprodução do peixe. Para a segunda fase, o projecto beneficia de mais três milhões de dólares, financiados pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI), para triplicar o número de tanques. Isso significa que a fazenda King Solomon Group terá um total de 264 tanques, dos quais 102 de alevinos, 144 de engorda e 18 para a reprodução.
No laboratório da King Solomon estão a ser produzidos mais de um milhão de alevinos por mês. Em pelo menos dez tanques foram instalados entre uma e duas “apas”, que acomodam um total de 20 mil larvas cada.
Ainda no laboratório, estão a ser realizadas acções de mutação genética do peixe, através de uma alimentação especial constituída à base de álcool etílico e hormonas, que transformam os alevinos masculinos em femininos.
A King Solomon Group trabalha com dez cooperativas, que cada ocupa uma área de 30/50 metros, onde foram construídos quatro tanques (dois grandes e dois pequenos), para que seja possível produzir, mensalmente, em cada uma das parcelas de terreno, de duas a três toneladas de tilápia.

Fonte: JA

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