Tukayana Lopes é a próxima atracção da programação do Memorial Dr. António Agostinho Neto (MAAN), com a realização de um concerto agendado para amanhã, a partir das 16h30, no seu auditório, inserido no projecto Caixa Artes.
Neste concerto, no qual tenciona fazer uma viagem ao cancioneiro angolano, passando pelos ritmos sul africanos, soul, blues, naija, guetho-zouk, brasileiros, cabo-verdianos, kizomba, clássicos angolanos e outros, Tukayana Lopes terá como convidado Jojó Gouveia.
Em declarações ontem ao Jornal de Angola, a artista afirmou que gosta de apresentar variedades rítmicas que provam a versatilidade que a caracteriza como cantora, que neste concerto terá o suporte de um trio de instrumentistas, Yuri Capapa (guitarra), Mattilson (baixo), Dennis Parker (congas) e Silvana Lopes, na assistência e coros.
Autora dos temas “Passado é passado”, “Hoje a casa cai”, “Dredda” e “Bad Girl”, a cantora e compositora Tukayana Lopes desde muito cedo despertou para o gosto pela arte. Aos 16 anos, sem qualquer educação musical, começou a trilhar o caminho da carreira artística.
A cantora afirma que nem mesmo a falta de experiência a desmotivou em participar em alguns concertos com a esperança de ver o seu talento reconhecido.
Tukayana, não obstante não ter ganho nenhum dos concursos em que participou, revela que graças a eles foi convidada a fazer parte de um grupo no qual permaneceu como vocalista durante um ano. Em 2014, avança com uma carreira artística a solo e é como cantora de bar que marca o arranque profissional. Nesta fase concluiu que o que pretendia como carreira e meio de subsistência era a música e desde então nunca mais parou.
Em 2017 deu um outro salto na carreira, saindo da apresentação de bar para um formato show e constitui uma nova equipa com Euclides Lussaca, um apreciador musical, seu actual sócio e agente. Começam a trabalhar na criação da primeira obra discográfica. Em 2018 participa nas actividades da Revista “Mulher Africana” e é convidada para sua embaixadora, até 2019.
Entre os diversos shows teve a hora de partilhar o palco com artistas como Ricardo Lemvo, Gabriel Tchiema, Lina Alexandre e outros colegas que admira e respeita. No ano passado concorreu ao vigésimo terceiro festival da Canção de Luanda, com a música “Rosa Branca”, defendendo a letra de Matias Damásio. Ainda em 2020, viu a sua música atravessar fronteiras sendo ouvida em países como a África do Sul, Cuba, França, Alemanha e Portugal, sendo convidada para actuar nos dois últimos. A pandemia inviabilizou os concertos agendados para este ano.
Tukayana sente-se feliz porque o seu tema “Passado é Passado” tem sido muito usado nas escolas e em festivais de Kizomba, com realce para França e Cuba. Os responsáveis foram professores de dança. Justificou a ausência do seu projecto discográfico pela falta de patrocínios e apoios.
Fonte:JA