Novo aeroporto Dr. AAN provoca prejuízo na população

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O Aeroporto Dr. António Agostinho Neto (AAAN) é, defacto, importante para o nosso Pais, por constituir um verdadeiro motor para a economia e um grande impulso para vários investimentos. Do ponto de vista social é um potencial gerador de empregos, sem dúvida. Neste capítulo, não passava na cabeça de ninguém, que esta grande e importante infraestrutura trouxesse também desgraça na vida de humildes cidadãos que, com muito sacrifício e durante longos anos, tudo fizeram para manterem o seu emprego, por meio do qual sustentavam as suas famílias.

Desde 2003, o Snack-Bar “Sopadrão” foi a única que, no quadro das vicissitudes vividas pelo Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, sobreviveu até 2010, altura em que foram associadas outros snack-bares. Na falta de investimento por parte da Empresa Gestora de Aeroportos (sucedânea da ENANA-E.P.), a Sopadrão e outras modernizaram e apetrecharam o recinto da alimentação com mobiliário (mesas e cadeiras), adquiriram, às suas expensas, vários eletrodomésticos e utensílios e, em consequência, aumentaram a sua força de trabalho, trabalhando 24/24h, tal era a pressão do fluxo de passageiros.

Com o advento do início das operações no novo do Aeroporto, a Sopadrão capacitou os seus colaboradores, adaptando-os de conhecimentos para as exigências do Novo Aeroporto, pois nada parecer crer que o Ministério dos Transportes adotaria uma postura exclusivista e de compadrio. Para a nossa tristeza e desilusão dos nossos 15 trabalhadores, a Sopadrão, sem qualquer explicação, não foi permitida ou seja foi excluída do Novo Aeroporto, apesar dos seus 22 anos de prestação de serviço no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro e do avultadíssimo investimento realizado. As inúmeras cartas dirigidas à Direcção do Ministério (AAAN), solicitando esclarecimentos sobre o assunto, não tiveram qualquer tipo resposta. Hoje, por mais incrível que possa aparecer, encontram-se instaladas no Novo Aeroporto vários novos restaurantes e snack-bares que, muito deles, nunca prestaram serviços em nenhum Aeroporto em Angola.

Pode concluir-se que aos esforços do Governo para a criação de condições para aumento da empregabilidade, o Ministério dos Transportes, optou premiar empresas novas, de estrangeiros e de amigos em detrimento das antigas, que, serão obrigadas a despedir todos seus colaboradores, que vai, certamente, aumentar o número de desempregados no País. É uma “facada” contra a política governamental sobre a criação de postos de trabalho, já que, com posturas como estas, criam-se condições para o aumento do desemprego, ignorando todos os problemas inerentes, tais como dificuldades financeiras, isolamento social e impactos negativos na saude mental e física dos cidadãos.

Irremediavelmente, a Sopadrão será obrigada a encerrar o único posto de trabalho e consequentemente despedir todos seus colaboradores, infelizmente, sem direito à indemnização.

É triste mas a empresa não encontra outra solução. A empresa lamenta e deixa aqui um forte abraço a todos seus colaboradores, prometendo publicamente readmiti-los, tão logo a situação se altere.

POR: KAPUKO DIAMBO

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