A nova direção da Federação Angolana de Futebol (FAF) já começou a realizar mudanças significativas na estrutura técnica e no staff da seleção nacional. As medidas, que têm gerado controvérsia, afectam algumas conquistas e resultados obtidos pela gestão anterior, suscitando debates sobre os rumos da organização.
Fonte: Club-k.net
Entre as primeiras mudanças está o afastamento de Ariclenes, ex-jogador que desempenhava o papel de supervisor na seleção, mas que agora foi designado como director do gabinete do presidente da FAF. Outro afastamento foi o de Artur Vilinga, antigo director das seleções nacionais, conhecido pela sua competência. Segundo fontes internas, Carlos Alonso “Kali” e Paulo Maguejo, vice-presidente da FAF e braço-direito de Alves Simões, decidiram reformular a equipa médica da seleção nacional, substituindo-a por uma nova estrutura de fisioterapia ligada ao próprio vice-presidente. Esta clínica será responsável pelos cuidados médicos das seleções.
A situação de desorganização na FAF tem-se tornado evidente, com os “Palanquinhas”, que participam no CAN Sub-17, a não receberem o acompanhamento necessário. Nos corredores do Nova Vida, comenta-se que esta seleção não gera receitas suficientes, o que justificaria a alegada falta de atenção.
Além disso, está em curso o processo de substituição da equipa técnica principal da seleção nacional. Luís Aires, antigo treinador do Recreativo da Caála e do Inter de Angola, foi apontado como o escolhido para integrar a equipa técnica dentro de dois meses. Aires já começou a catalogar novos jogadores, incluindo atletas com ascendência angolana, prometendo-lhes lugares na seleção nacional para o CAN de Marrocos.
Durante a sua passagem pelo Inter, Luís Aires desenvolveu uma relação próxima com Alves Simões, que já sinalizou que ele será o sucessor de Pedro Gonçalves. Fontes indicam que Gonçalves é associado à antiga gestão liderada por Artur Almeida e Silva. Com estas mudanças, Luís Aires está prestes a assumir o cargo de treinador principal dos Palancas Negras.