Ngonda vai impugnar congresso que elegeu Dala

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O presidente da FNLA, Lucas Ngonda, disse, na quarta-feira, que vai impugnar o congresso realizado no princípio desta semana, no qual o ex-secretário-geral Pedro Dala foi eleito líder do partido, mas uma fonte desta ala garantiu, ao Jornal de Angola, que o “conclave foi legal”.

“Nós estamos num Estado de direito, ele fez o que fez e eu tenho o direito de repor a legalidade das coisas, vamos impugnar, porque é um congresso ilegal”, disse, à Lusa, Lucas Ngonda, reafirmando que o congresso do partido vai realizar-se de 16 a 18 de Setembro, data que o Tribunal Constitucional tem conhecimento.

Um dia antes, em entrevista à TPA, o também deputado considerou a eleição do ex-secretário-geral “mais um espectáculo” dos muitos que acontecem na FNLA. Candidato à reeleição, com outros sete candidatos, Ngonda acusou Pedro Dala, antigo secretário-geral do partido, destituído das funções no ano passado, de pretender “ser presidente da FNLA a todo o custo”.

“Para se chegar a presidente da FNLA tem de se obedecer os ditames dos estatutos e das normas do ordenamento jurídico angolano, não vamos chegar à presidência assim de qualquer maneira. Ele quis destituir-me e eu suspendi-o das funções e daí foi criar uma ala para combater a direcção do partido, não é normal. Esse tipo de espectáculo só se pode dar em Angola”, criticou.

Fernando Pedro Gomes, um dos aspirantes à liderança da FNLA, no Congresso de Setembro, considerou que não se pode considerar congresso ao encontro, no qual Pedro Dala foi eleito. “Aquilo foi, talvez, uma reunião de amigos que depois se transformou numa aventura de dementes”, disse, o político, ao Jornal de Angola.

Lucas Ngonda sublinhou que Pedro Dala não reúne consenso e não tem qualquer apoio interno, argumentando que o Comité Central do partido tem 411 membros e participaram no congresso pouco mais de metade.

“Nem sequer o Comité Central todo estava no congresso e, além disso, segundo os resultados que me foram transmitidos, creio que 170 é pouco para o dito presidente e 26 para o que não obteve a maioria, isto tudo somado dá 200 e poucas pessoas que lá estiveram”, disse.

“A ser um congresso com 500 pessoas como noticiaram as rádios (…), quer dizer que a maioria não votou. Que validade tem este congresso?”, questionou. Para Lucas Ngonda, “tudo isto é mais um espectáculo, que é triste, que não satisfaz a ninguém”.

Uma fonte próxima ao ex-secretário-geral, que participou no congresso que elegeu Pedro Dala garantiu, ao Jornal de Angola, que “tudo correu na legalidade”. “Por essa razão, o Mais Velho está agitado. Alguém deve ter-lhe soprado que as coisas decorreram na legalidade”, disse as mesma fonte, referindo-se a Lucas Ngonda.

Fonte:JA

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