Museu dos Reis do Congo com espaço reduzido

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O Museu dos Reis do Congo, situado em Mbanza Congo, província do Zaire, possui, actualmente, um acervo constituído por 105 peças, 11 das quais encontram-se fora da sala de exposição permanente, devido à exiguidade de espaço, revelou, ontem, ao Jornal de Angola, o responsável para a promoção e valorização do património daquele centro histórico.

Luntadila Luanguana avançou que do acervo, destacam-se os pertences do último Rei do Congo, baptizado pelos colonizadores portugueses com o nome de Dom  António III, nomeadamente o fato, cadeira, chapéu, espada e as bengalas, além de outros artefactos, que demonstram as relações diplomáticas estabelecidas, na época, com Portugal.
Acrescentou que o acervo inclui, ainda, peças que retratam os usos e costumes dos soberanos do antigo reino do Congo como flechas, zimbo (utilizado como moeda), instrumentos para rituais tradicionais, música, comunicação e utensílios de cozinha. O responsável fez saber que na sala de exposição permanente da referida instituição museológica, encontram-se, também, as vestes do primeiro embaixador de Angola no Vaticano, Manuel Nsaku Nevunda, mais conhecido por “Negrita”.

Luntadila Luanguana assegurou que as instalações do Museu dos  Reis do Congo encontram-se em bom estado de conservação, tendo deixado um convite a todos quantos estejam interessados em saber mais sobre a história de um dos maiores reinos que a África conheceu.
O interlocutor referiu que as visitas àquela instituição museológica reduziram consideravelmente, desde o surgimento da Covid-19, ao registar entre os meses de Janeiro e Abril do presente ano 1.859 visitantes, contra as 2.791 de 2020.

Sublinhou que as visitas em causa foram realizadas, na sua maioria, por estudantes universitários e investigadores nacionais. Lembrou que antes da pandemia, o museu recebia com frequência visitas de cidadãos de muitos outros países africanos, com destaque para a  República Democrática do Congo (RDC), Congo  Brazaville e Zâmbia, sendo que na Europa, foram Portugal, França, Bélgica e Itália.  A fonte louvou, por outro lado, as campanhas de limpeza levadas a cabo, regularmente, por membros de algumas igrejas sediadas em Mbanza Kongo, que têm permitido a conservação dos monumentos e sítios históricos da região, com destaque para o Kulumbimbi, primeira capela Católica, construída na África a sul do Sahara eYala-Nkuwu, a árvore milenar.

Fonte:JA

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