A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher desafiou, ontem, em Luanda, a sociedade civil, em particular as raparigas, a encararem as organizações internacionais e regionais como oportunidade de carreira e de elevar assim os níveis de representação de Angola junto desses órgãos.
Faustina Alves lançou o desafio no Seminário sobre “Mobilização de mulheres para maior participação nos mecanismos regionais e internacionais” que visou, entre outros objectivos, divulgar à sociedade angolana, incluindo a na diáspora, a pretensão do Executivo em ver mais quadros nacionais, em particular mulheres, nas organizações internacionais.
A ministra reconheceu a existência de um défice de angolanos nos mecanismos internacionais e regionais. Daí, disse, a importância da realização do seminário “que prova que é possível a integração das angolanas naquelas organizações”.
Segundo a governante, para garantir os direitos das mulheres e assegurar a igualdade de género em Angola, o Governo aprovou vários diplomas legais, além de ter assinado e ratificado importantes convenções internacionais em matéria de Direitos Humanos e dos Direitos da Mulher. Entre os diplomas internos, destacou a Lei contra a Violência doméstica, a Política Nacional para Igualdade de Género e Estratégia de Advocacia e Mobilização de Recursos para Implementação e Monitorização da Política.
O Executivo está, igualmente, a implementar o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022 que integra acções específicas para a mulher, com vista à promoção da igualdade de oportunidades e a valorização do seu papel nos domínios familiar, social, político, económico e empresarial. Segundo a ministra, o PDN visa, também, desenvolver acções que assegurem, de forma sustentável, o empoderamento das jovens mulheres e da mulher no meio rural.
Neste âmbito, informou, está em execução um conjunto de programas e projectos, que respondem às obrigações das Agendas 2030 e 2063. Salientou que foram já realizadas acções formativas que reflectem políticas que contribuem para a inserção, cada vez maior, da mulher nos diferentes níveis de tomada de decisão.
Actualmente, regista-se uma representatividade feminina a nível do Executivo na ordem de 33 por cento, de um total de 21 ministros, e 21 por cento entre os 43 secretários de Estado.
Fonte:JA