O MPLA reconheceu ontem, em Luanda, “avanços significativos” na elaboração da Conta Geral do Estado 2019 (CGE), segundo o vice-presidente do Grupo Parlamentar desta organização política, Cruz Neto.
O político, que apresentou a declaração política do MPLA, durante a 12ª sessão plenária da Assembleia Nacional, que discute a Conta Geral do Estado 2019, referiu que o seu partido prefere abordar as realizações concretizadas com a execução da Conta Geral, bem como dos impactos que as mesmas têm na vida das populações, ainda que consideradas, eventualmente, insuficientes.
Cruz Neto minimizou as declarações políticas dos colegas da oposição, durante a cerimónia, que prossegue hoje, com a aprovação da Conta Geral do Estado 2019. Rejeitou as críticas da oposição contra as políticas económicas e sociais implementadas pelo Executivo, sem levarem em consideração o contexto actual do país. “O que se poderia esperar duma situação tão adversa como esta em que nos encontramos, diante de uma crise de saúde pública a nível global e em meio de uma recessão económica?”, questionou Cruz Neto, convidando os colegas da oposição a abraçarem a honestidade e o patriotismo.
A UNITA responsabilizou o Executivo pela miséria e pobreza da maioria dos cidadãos. Criticou o incumprimento dos prazos na prestação de contas pelas diferentes instituições. “A liberdade sem responsabilidade é anarquia. Não se pode compreender a responsabilidade sem um sistema de prestação de contas”, afirmou o chefe do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka.
A CASA-CE indicou que a Conta Geral do Estado de 2019 não foi executada no seu todo com “transparência e rigor”. O líder da bancada, Alexandre Sebastião André, apontou vários exemplos de miséria em que a maioria dos angolanos está submetida devido às más políticas do Executivo.
O deputado do PRS, Benedito Daniel, reconheceu ter havido melhorias na elaboração da Conta Geral do Estado de 2019.
Fonte:JA