Morreu o general Amós Chilingutila

0
208

O comandante da Região Militar Centro (RMC) considerou, ontem, na cidade do Huambo, “trágica e inesperada” a notícia da morte do antigo vice-ministro da Defesa, ex-deputado e general na reforma Demóstenes Amós Chilingutila, aos 74 anos.

“Angola perde um grande filho que ainda tinha muito a dar no processo de desenvolvimento social e de reconstrução nacional”, lamentou. O tenente-general Dinis Segunda Lucama classificou Chilingutila como um grande homem e pessoa de trato fácil. “A sua partida prematura, aos 74 anos, nos deixa chocados. Durante os anos de convivência castrense e social, sempre demonstrou uma inteligência invulgar e inspiradora para a nova geração de militares e homens”, lembrou.
O comandante da Região Militar Centro destacou que o general Demóstenes Chilingutila era bastante inteligente e de uma qualidade humana invulgar. “Angola perdeu um grande filho”, disse.

Dinis Segunda Lucama assegurou que, a nível do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), estão a ser criadas condições logísticas para um funeral com todas as honras militares, salientando que a actual pandemia da Covid-19 inviabilizará algumas homenagem.

Vítima de enfarto agudo do miocárdio

O presidente da Bancada Parlamentar da UNITA revelou que a morte do general na reforma Demóstenes Amós Chilingutila, 74 anos, ocorrida por volta das 6h00, na clínica Arquidiocesana do Huambo, foi provocada por um enfarto agudo do miocárdio.

Liberty Chiyaka disse que o general tinha chegado sábado à província do Huambo, proveniente do Bié, onde participou do funeral do deputado e secretário provincial da UNITA, Adérito Kandambo, que faleceu no passado dia 21 de Janeiro, vítima de doença. “Sentiu-se mal e foi levado para clínica, acabando por falecer”, disse.
O deputado também considera “uma perda irreparável” a morte de Demóstenes Chilingutil, sublinhando que “o partido perde um membro incansável, reconciliador, determinado, rigoroso e corajoso, numa altura que se adivinham grandes desafios políticos”.

“Perda irreparável para o país”

A UNITA considerou uma “perda irreparável” para o partido e para o país a morte súbita do general na reforma Demóstenes Chilingutila.  Em declarações ao Jornal de Angola, o porta-voz do maior partido da oposição, Marcial Dachala, recordou que malogrado teve uma trajectória militar e política invejável, tendo sido furriel da tropa portuguesa, administrador de posto e dirigente de topo da UNITA, onde ingressou em 1974.

“Tudo o que nos resta, é fazer com que o seu legado seja transmitido às novas gerações e sirva de inspiração para os jovens, de como devem servir a terra que nos viu nascer, a pátria e a nação”, disse.
Em nota de condolências, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, recordou que Demóstenes Chilingutila foi membro da Comissão Política e do Conselho Presidencial do partido, tendo endereçado “sentimentos de pesar à família enlutada”.

Percurso
Demóstenes Amós Chilingutila nasceu em Novembro de 1948, na província do Bié. Foi, em duas ocasiões, Chefe de Estado-Maior General na extinta FALA, o então braço armado da UNITA. No âmbito do processo de reconciliação nacional, foi vice-ministro da Defesa Nacional e uma das figuras de proa na constituição das Forças Armadas Angolanas (FAA).
O general na reforma foi membro do Comité Central da UNITA e deputado à Assembleia Nacional. Nos últimos tempos, Demóstenes Chilingutila ocupava a função de conselheiro da presidência da UNITA.

Edna Dala |

Fonte:JA

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui