O Ministério da Educação anunciou ontem, em Luanda, que está em curso uma proposta de recuperação do atraso escolar no Ensino Regular em função da pandemia da Covid-19.
Ao intervir na cerimónia de abertura do III Conselho Consultivo que se realiza de 20 a 21 do corrente mês, sob o lema “Professores liderando e promovendo mudanças em tempo de crise”, Luísa Grilo realçou que a ideia é encontrar estratégias e medidas para a recuperação do tempo de aprendizagem perdido durante o encerramento das escolas.
Segundo a ministra, o lema deste ano foi escolhido devido ao contexto em que o país e o mundo se reconfiguram e definem novas formas de abordagem nos domínios da Economia, Finanças, Cultura e Educação.
Luísa Grilo fez saber também que o programa proposto no III Conselho Consultivo não deve ser confundido com o Plano de Educação de Jovens e Adultos, também de relevante importância, mas que atende jovens a partir dos 15 anos, que não tenham tido acesso ao ensino na idade e tempo certos, ou por razões diversas abandonaram a escola.
A ministra destacou igualmente atenção e reflexão sobre o “Plano Nacional de Leitura”, que visa facilitar o acesso à consulta bibliográfica e promover o gosto e o hábito pela leitura e escrita.
“Sabemos da importância da leitura para as crianças em idade escolar, já que o défice ou falta dela interfere na aprendizagem ao colocar dificuldades no entendimento e compreensão das diversas disciplinas do currículo”, frisou.
A dirigente fez saber que o programa de trabalho do Conselho Consultivo, apresenta um conjunto de temas, que deverão merecer a análise e reflexão de todos, na expectativa de constituírem instrumentos de trabalho e meios através dos quais se poderá melhorar a resposta e eficácia educativa em toda a cadeia do Sistema de Ensino.
“A pandemia da Covid -19 causou desajustes extraordinários nos planos e programas gizados nas diferentes áreas sociais, aos quais a educação não escapou, com todas as consequências na organização e gestão dos processos de educação, ensino e rotina escolar dos alunos e professores”, lembrou Luísa Grilo.
Fonte:JA