Metas e resoluções de Ano Novo

0
206

Findou um ano tão atípico, intenso e de tantas incertezas, mudanças e adaptações drásticas, com sentimentos de tristeza à mistura compartilhados por toda a população global… Mas agora que entramos em 2021 cabe-nos fazer uma retrospectiva analítica daquilo que foi o ano 2020 e, com esperança nos corações, perspectivar a nossa vida no novo ano.

O fim de um ciclo representa o início de uma nova fase. No entanto, sem dúvidas nenhumas, é sabido que a vida não muda com a virada de ano, muitas são as famosas resoluções de final de ano que cada um de nós se compromete a fazer e cuja  execução fica por concretizar. Sendo que vivemos numa era de constante auto-melhoria, onde somos obrigados a conviver com artigos e publicidade na mídia que entoam o mantra daquilo em que você se deve tornar, mais necessário é saber o que fazer na vida. 

“Seja nova, cuide de si”, “novo ano, nova vida”, “seja vegetariano”, “comece de novo”, “seja solidário com os pobres”, “novo ano, novo amor”… Essas ordens/directivas martelam a cabeça de qualquer um ao ligar a TV, o rádio ou ler jornal.
São inúmeros os propósitos que listamos para o ano, e, no fim, nem sempre cumprimos. E quando cumprimos nos pomos a pensar se as nossas metas foram ambiciosas ou fáceis demais.

Segundo um estudo publicado no Journal of Clinical Psychology e mencionado na revista  Vogue 2019, descobriu-se que das pessoas que fazem resoluções de Ano Novo apenas oito por cento conseguem cumprir. E essas resoluções têm uma queda abrupta logo no dia 12 de Janeiro.

São mais de 4 mil anos vividos de tradição de resoluções de Ano Novo, desde os antigos babilónios que faziam promessas aos deuses, passando pelo reinado do imperador romano Júlio César, o início do cristianismo e até ao século XVI, quando  o papa Gregório XIII determinou uma reforma no calendário, que passou a ser conhecido como calendário gregoriano. Foi então oficializado o 1º de Janeiro como o primeiro dia do ano. Desde aí  muitos países, com mais ou menos resistência, foram adoptando o novo calendário. O Reino Unido somente aderiu ao novo calendário no século XVIII.

Outros países, outras culturas, possuem celebrações de final de ano noutras épocas do ano. Por exemplo, o final de ano do povo Judeu é celebrado entre final de Setembro e início de Outubro; os Muçulmanos celebram o final de ano no mês de Maio  e os Chineses entre Janeiro e Fevereiro.
As nossas listas de propósitos são bem admiráveis, no entanto, a pressão em que estamos rodeados pode, definitivamente,  fazer com que os violemos e caiamos em incuprimento, alimentando a nossa ansiedade e o senso de nunca termos feito o suficiente no ano que passou.

Elaborar metas e objectivos faz parte da virada de ano.  No entanto, é imprescindível que as mesmas sejam realistas e não fundadas na comparação com outras pessoas, por força do que vemos nas redes sociais. Recebamos o ano 2021 como o início de uma etapa diferente, emulados na renovação interior, onde cada um dos 365 dias seja uma oportunidade de mudança de hábitos e de atitudes e diversificação do lazer familiar.  A lista de resoluções deve ser afixada na porta, bem à vista, para que seja recordada todos os dias até a sua realização vitoriosa.

Desejo que 2021 seja o ano de concretas realizações por nós planeadas, sem influências ditadas pela comparação com outrem nem sentimentos de culpa. Comece por estabelecer como marco de início das suas metas o mês de Fevereiro e verá que será muito mais fácil. E não se esqueça: todos os dias de todos os meses, e todas horas, podem ser a oportunidade para um recomeço.
*Consultora de Carreira e Negócios

Fonte:JA

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui