Meninas pedintes forçadas à prostituição no Kilamba

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Muitas meninas que passam o dia a pedir esmolas, na cidade do Kilamba, em Luanda, acabam por ser forçadas para cenas de abuso sexual, em troca de valores monetários ou comida, denunciou ontem a secretária da Organização da Mulher Angolana (OMA) daquele distrito urbano.

Lurdes Pereira Manganji lamentou a situação, que considerou grave, tendo em conta que, em muitos casos, as envolvidas “são menores que vão apenas à busca de solidariedade, mas adultos malfeitores, acabam por fazê-las prostitutas”, revelou.
Além das crianças, a líder da OMA no Distrito Urbano do Kilamba salientou que a situação afecta, igualmente, muitas mulheres saídas de bairros vizinhos à cidade são aliciadas com bebidas alcoólicas, para, depois, serem envolvidas em práticas sexuais.

Fora da cidade, salientou que o distrito do Kilamba tem estado a registar um aumento de pontos de prostituição elevada, com destaque para as zonas das feiras e da avenida principal que liga a Via Expressa ao KK-5000.
Lurdes Manganji apontou a falta de emprego e os conflitos familiares como as principais causas da prostituição. “Muitas dessas raparigas e mulheres não têm acompanhamento no seio familiar e, quando saem à rua, deixam-se levar por qualquer convite em troca de uma bebida ou prato de comida”.

Para ajudar a combater o fenómeno, a OMA está a realizar um trabalho de sensibilização, com vista a promover actividades que ocupem as jovens, através de cursos de formação profissional de curta duração como corte costura, manicure, cabeleireiro e make up.

A OMA tem ajudado, também, as jovens a aderirem ao programa de tratamento do Bilhete de Identidade, no quadro de um programa do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, em parceria com a Administração do Kilamba.
No Kilamba, a organização feminina do MPLA controla cerca de seis mil militantes, distribuídas em secções e comités de acção do partido.

Fonte:JA

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