Um memorando de entendimento entre as partes então desavindas no Partido Democrático para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA) foi rubricado, ontem, em Luanda, pondo fim ao conflito interno que durava há cinco meses.
A crise no PDP-ANA despoletou, em Março deste ano, em consequência de acusações que implicavam o presidente da organização, Simão Makazu, num suposto desvio de mais de 100 milhões de kwanzas dos cofres do partido, entre Setembro de 2017 e Março de 2021.Como consequência, surgiram duas alas, uma dirigida pelo presidente do partido e a outra por uma comissão de gestão encabeçada pelo antigo secretário-geral, Matinga Mbala.
De acordo com a Angop, nos termos do memorando de entendimento, as partes decidiram promover um clima de harmonia interna e convocar um congresso para Outubro deste ano, que além de ser electivo, deverá rever os estatutos e os futuros desafios da organização.Decidiram, ainda, criar uma comissão preparatória do conclave, composta de 10 representantes de cada parte, além de se terem predisposto a absterem-se de pronunciamentos públicos acusatórios, que minem a confiança mútua.
As partes comprometeram-se a honrar os compromissos assumidos, tendo o presidente do PDP-ANA afirmado que o 7 de Julho de 2021 marca o “dia de paz e de reconciliação interna”.
O líder da CASA-CE, Manuel Fernandes, que mediou o conflito, disse esperar que as partes respeitem o compromisso, para se promover a paz, harmonia e o amor.O PDP-ANA é um dos partidos membros da CASA-CE, coligação que elegeu 16 deputados à Assembleia Nacional, nas últimas eleições.
Fonte:JA