Malanje rescinde contrato do PIIM por incapacidade do empreiteiro

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A Administração Municipal de Malanje rescindiu contrato com a empreiteira Ndala Nganga, que estava a executar as obras de terraplanagem e reciclagem de 12 quilómetros no casco urbano da cidade, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), devido à incapacidade técnica da empresa”.

Segundo o administrador municipal adjunto, para a área Económica e Financeira, Leonel Francisco, que prestou a informação ao Jornal de Angola,  em face deste contratempo, foi  contratada  a construtora Transpasse para dar seguimento às obras, que contemplam também trabalhos  na via principal que dá acesso à Estrada Nacional 230, mais concretamente no troço Largo Rainha Jinga / rotunda da Vila Matilde.

Ainda  à luz do PIIM, avançou,  vão ser “retomadas brevemente” as obras do Largo do Colégio Amílcar Cabral, que  estão paralisadas por falta de verbas.
Quanto aos edifícios na cidade, que apresentam mau estado de conservação, disse,  a Administração Municipal vai  responsabilizar-se, apenas, pela recuperação dos esgotos e   fossas, ao contrário dos imóveis totalmente  degradados, que poderão ser demolidos.  “Técnicos do Laboratório de Engenharia  estão a fazer pesquisas para ver se a demolição dos empreendimentos debilitados é a melhor solução”, sublinhou.


Saneamento básico

Em relação ao saneamento básico da cidade de Malanje, assegurou, a situação está acautelada  no âmbito do PIIM.  “Está contemplado  aquisição de kits de limpeza para o tratamento das fossas, esgotos, entre outros trabalhos na cidade”, disse, para acrescentar: “Assim que for pago 30 por cento destes trabalhos, vamos recrutar uma construtora para estas obras.”
Quanto aos contentores, o administrador adjunto,  fez saber  que a capital da província tem cerca de 70 , “número insuficiente para as necessidades que se apresentam”.


Educação com mais obras

Leonel Francisco informou que o município de Malanje foi contemplado com 13 projectos do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), orçados em 3,6 milhões de kwanzas,  ligados, maioritariamente, ao sector da Educação.

“As obras do PIIM  na área da Educação  na cidade de Malanje,   visam, essencialmente, a remodelação e construção de escolas. Portanto,  estes trabalhos  vão facilitar a inserção de  mais 12 mil alunos no sistema de ensino no próximo ano lectivo. O sector  conta com três mil professores, que segundo o administrador adjunto da cidade ” é um  número insuficiente”  para os habitantes locais. Leonel Francisco garante que os trabalhos de reabilitação de vários troços, à luz do PIIM , “caminham a bom ritmo”, pois, na  maioria, “estão com 50 por cento da execução física e financeira”.


Saúde, energia e água

 O município de Malanje tem 42 unidades sanitárias asseguradas  por mais de mil funcionários, entre enfermeiros, médicos e técnicos de diagnósticos. “A falta de técnicos especializados tem constituído o ponto de estrangulamento da actividades nestes locais”, revelou Leonel  Francisco.
No que toca à Energia eléctrica, o responsável garante que cerca de 30 por cento  dos habitantes da capital  são abastecidos pelo sistema da rede pública, “fruto de projectos do Governo Central que este ano  vai abranger mais 14 bairros periféricos”.

 Quanto ao abastecimento da água potável,  decorrem os trabalhos finais  da nova central de captação  a partir do rio Cuije , que  vai permitir 12 mil ligações domiciliares, numa primeira fase.
O combate à malária,   conclusão de sistema de abastecimento de  água na região de  Cambaxe,  reabilitação do Hospital Municipal Materno-infantil, inserção de 900 famílias  no projecto de  produção de hortícolas fazem parte das acções do Programa de Combate à Pobreza do município de Malanje,  habitado por cerca 600 mil pessoas.


Requalificação da cidade

As obras de teclagem em estradas secundárias e terciárias asfaltadas, melhoramento do sistema de iluminação pública, requalificação de espaços de lazer, passeios e a pintura de edifícios fazem parte dos trabalhos de requalificação  da cidade de Malanje.

O administrador adjunto, Leonel Francisco, disse que  os proprietários das infra-estruturas em ruínas no casco urbano da cidade foram intimados para reabilitarem os imóveis, caso contrário o Governo Provincial vai confiscá-los.
“Será publicado um edital, e em caso de incumprimentos o Governo Provincial vai agir nos marcos da lei, ou seja, vai confiscar os imóveis cujos proprietários não têm condições para os reabilitar, pois trata-se de empreendimentos que estão a dar má imagem à cidade”, advertiu.

Fonte:JA

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