Mais de quinhentas pessoas afectadas com a oncocercose, que vivem nas aldeias de Maria Teresa, Capeio e Rende, no município de Nharêa, província do Bié, estão sem assistência médica e medicamentosa há cerca de um ano.
A última vez que beneficiaram de medicamentos foi em 2019.
Segundo a administradora municipal, Maria Lúcia Chicapa, a situação deve-se ao facto dessas localidades situarem-se na margem do rio Cunhinga, zona de difícil acesso.
A gestora pública disse, à Angop, que a questão já é do domínio do Ministério da Saúde.
Referiu que o surgimento da Covid-19 veio agravar a situação, já que retirou capacidade das instituições de direito adquirirem os fármacos.
De acordo com a responsável, a medida mais acertada seria retirar toda a população que vive na margem do rio, mas a administração debate-se com escassez de recursos para alojar essas pessoas em outros pontos.
O município da Nharêa tem uma população estimada em 155 mil 524 habitantes, maioritariamente camponeses.
Além da oncocercose, a malária, doenças diarreicas e respiratórias agudas, febre tifóide e infecções
de transmissão sexual são outras doenças frequente no município da Nharêa.
A oncocercose, também conhecida como cegueira dos rios, é uma doença causada por infecção, transmitida pela picada da mosca preta. Alguns dos sintomas são coceira, caroços na pele e cegueira.
Fonte:JA