Ontem, a Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros fez, igualmente, uma abordagem sobre o problema da chuva, cuja época começou, oficialmente, no dia 15 deste mês.
A ministra da Educação, Luísa Grilo, informou, ontem, em Luanda, que os novos manuais escolares, da iniciação à sexta classe, representam um investimento do Estado de mais de 12 mil milhões de kwanzas.
Luísa Grilo, que falava à saída da reunião da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, orientada pela ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, avisou que os livros, a serem distribuídos gratuitamente, estão codificados e os eventuais casos de desvio para o mercado negro serão detectados.
Disse haver um acordo entre o Ministério da Educação, editoras e gráficas para a produção dos livros. Está a trabalhar-se, também, com a Administração Geral Tributária (AGT) para combater a contrafacção. O trabalho tem em vista o controlo das entradas, sobretudo a partir do exterior.
A governante reiterou que o ano lectivo 2021/2022 abre, oficialmente, a 31 deste mês, na província do Cuando Cubango, e as aulas iniciam a 1 de Setembro. Disse estarem criadas as condições para o arranque das aulas.
Luísa Grilo informou que estão disponíveis 500 mil vagas para todos os subsistemas de ensino. “Temos consciência que não é, ainda, o número de vagas ideal, porque as nossas taxas de natalidade são tão altas que, mesmo com um ritmo tão alto de construção de escolas, não conseguimos dar resposta”, disse, anunciando a contratação de 7.500 professores para o ano lectivo 2021/2022.
Volta da merenda escolar
As crianças do ensino primário vão voltar a ter merenda escolar. Numa primeira fase, o projecto vai abranger mil escolas de 53 municípios e, diariamente, serão distribuídas 200 mil merendas.
Segundo o secretário de Estado para a Acção Social, Lúcio do Amaral, o projecto, que visa reduzir o índice de abandono escolar, conta com a parceria do grupo empresarial Carrinho.
Miguel Pereira, director da Unidade de Acompanhamento e Supervisão do Programa de Combate à Pobreza, disse que, por razões logísticas, foram incluídas no programa apenas 13 províncias. A implementação do projecto é de três anos.
Para o caso de Luanda, o ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares de Almeida, anunciou a implementação de um plano emergencial para a limpeza das valas de drenagem.
O Governo, segundo o ministro, investiu cerca de 74 milhões de dólares para a implementação, em três fases, do plano emergencial, que contempla, igualmente, a recolha de lixo.
“As estruturas de macrodrenagem na cidade de Luanda não tiveram manutenção e foram degradando-se. Temos que repor a sua funcionalidade”, afirmou Manuel Tavares de Almeida, sublinhando que os canal Cazenga-Cariango não foi concluído, faltando cerca de 600 metros.
O programa, disse, visa mitigar o problema, no sentido de que, com as próximas chuvas, a situação não se agrave. “Vamos ter de limpar os canais existentes e reperfilar as linhas, para quando as águas chegarem circularem normalmente”, esclareceu.
Fonte:JA