Livro-homenagem regista legado de Amélia Mingas

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O lançamento do livro, que tem a chancela da Mayamba Editora, contou com a presença do escritor Manuel Rui Monteiro, figura de destaque do universo literário angolano e da CPLP.
Na sua intervenção, o escritor, sociólogo e professor universitário Paulo de Carvalho fez o seguinte pronunciamento: “O livro que trazemos reúne escritos de 29 autores, todos eles com alguma ligação à professora Amélia Mingas. É uma miscelânea de textos, que reúne 10 artigos académicos, três poemas e 21 depoimentos.”

A obra “Amélia Mingas: A mulher, a cidadã, a académica” tem participações do esposo, filha, uma sobrinha, algumas irmãs e dois irmãos espirituais, colegas, amigas e amigos de Amélia Mingas. Segundo Paulo de Carvalho ,terá sido divinal a ideia de juntar textos académicos a depoimentos elaborados na base de sentimentos e partilhas de décadas. Os agradecimentos do co-autor foram extensivos a cada uma e a cada um dos 29 autores que abraçaram o projecto e se puseram a rabiscar ideias e memórias que, de alguma forma, têm alguma relação com a falecida linguista. “Onde ela está neste momento, há-de certamente estar feliz com esta iniciativa e com o acto que hoje testemunhamos”, disse.

Dos autores presentes no acto, Paulo de Carvalho mencionou, em particular, o escritor Manuel Rui Monteiro. Outro agradecimento particular foi extensivo ao decano da Faculdade de Humanidades da UAN, Alexandre Chicuna, que abraçou a ideia da homenagem e se predispôs a colaborar desde o início. Outra menção especial foi feita ao professor Eugeniusz Rzewuski, antigo Embaixador da Polónia em Luanda, amigo e mestre do sociólogo na Universidade de Varsóvia, de quem partiu a proposta inicial de elaboração do livro-homenagem.

A homenageada, frisou Paulo de Carvalho, “é uma mescla de Cabinda/Luanda, que se transformou numa linguista africanista de grande mérito e de créditos reconhecidos nacional e internacionalmente, uma linguista com uma visão cosmopolita de África e da sua inserção num mundo de desigualdades que se agudizam ano após ano, dia após dia. Desigualdades, em relação às quais a ‘Mana Amélia’ sempre se insurgiu, pois possuía um apurado sentido de justiça social, graças à sua visão cosmopolita do mundo, que sempre partilhamos em conjunto.”

Não tendo palavras para descrever a amizade, o amor e o carinho que partilhou com a malograda, Paulo de Carvalho disse que o que procurou fazer, logo após a morte inesperada de Amélia Mingas, em Agosto do ano passado, foi “dirigir-me ao Valódia para uma conversa com o meu cunhado Jota, para em conjunto encontrarmos a forma de melhor homenagearmos a nossa Amélia.”

Fonte:JA

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