A empresária angolana Isabel dos Santos foi retirada, pela revista Forbes, da lista de bilionários de África, na sequência da queda da sua fortuna de 2,3 para 2,2 mil milhões de dólares, em Janeiro de 2020.
Na sua edição de sexta-feira citada ontem pela Angop, a Forbes indica que a fortuna de Isabel dos Santos “encolheu” em 100 milhões de dólares. A revista norte-americana esclarece que Isabel dos Santos havia assumido a posição de bilionária há oito anos e que, naquela altura, era considerada a mulher mais rica de África, com um valor estimado em 3,5 mil milhões de dólares.
Um artigo assinado pela jornalista Kerry A. Dolan refere que o império de Isabel dos Santos é uma sombra do que já foi, devido às acusações de corrupção lançadas contra ela pela Justiça angolana, aos bens congelados por tribunais em três países diferentes e a uma acção judicial reivindicando centenas de milhões de dólares em dívidas não pagas.
De acordo com a Forbes, presume-se que ela não tenha acesso e, provavelmente, nem hipótese de recuperar o controlo dos activos congelados, pois todos juntos valem cerca de 1,6 mil milhões de dólares.
Por esta razão, a publicação não dá a essa fortuna nenhum valor e, pelos cálculos da Forbes, Isabel dos Santos “não é mais bilionária”.”A Forbes retirou (Isabel) Dos Santos, que valia cerca de 2,2 mil milhões de dólares em Janeiro de 2020, da nossa lista recém-divulgada das pessoas mais ricas de África”, sustenta a revista.
Todavia, a Forbes ressalva que a antiga “princesa” africana não é de forma alguma uma mendiga, já que tem uma casa numa ilha particular no Dubai, outra residência em Londres e um iate avaliado em 35 milhões de dólares.
Para a publicação norte-americana, provavelmente Isabel dos Santos tenha contas bancárias e activos que a Forbes e as autoridades legais ainda precisam rastrear. Contactada pela Forbes, por intermédio de um porta-voz, Isabel dos Santos não quis comentar. A lista dos bilionários africanos é liderada pelo nigeriano Aliko Dangote, pelo 10º ano consecutivo, com uma fortuna de 12 mil milhões de dólares, seguido pelo egípcio Nassef Sawiris (8.5 mil milhões de dólares) e o sul-africano Nicky Oppenheimer (8 mil milhões de dólares).
FOnte:JA