Indústria petrolífera pretende formar oito mil técnicos este ano

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Oito mil quadros do sector petrolífero angolano poderão ser formados, este ano, segundo fez saber ontem, em Luanda, o director-geral do Centro de Formação Marítima de Angola (CFMA).

Wuky Tabita que falava à imprensa, à margem da apresentação pública da instituição ligada à Sonangol, disse que até agora, o centro realizou 472 acções de formação, onde participaram cinco mil técnicos angolanos, alcançado um índice de satisfação de cerca de 91 por cento.
Com instalações no Sumbe (Cuanza-Sul) e Cacuaco (Luanda), a instituição pretende responder às necessidades dos sectores Petróleo e Gás, Transporte Marítimo e complementares, alinhada na estratégia da Sonangol que visa contribuir para o desenvolvimento do país.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins, deu a conhecer que, por via dos vários protocolos de cooperação assinados com entidades de ensino com referência  a nível do mercado internacional, o CFMA em articulação com o Instituto Nacional do Emprego, formação Profissional (UNEFOP) perspectiva contribuir para a uniformização dos planos curriculares na área dos petróleos, transportes marítimos entre outros,  bem como auxiliar no processo de homologação de certificados.


Apostar no capital humano

Convidado a discursar no acto que marcou o relançamento do CFMA, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, disse que a actividade de exploração e produção exige investimentos avultados em tecnologias, infra-estruturas e capacitação do capital humano.

Destacou que, a reforma que está em curso no sector, visa fomentar e incrementar a actividade petrolífera em Angola, periodizando a formação e treinamento do capital humano capaz de reduzir gradualmente a mão-de-obra expatriada.
“Os resultados e impacto destas reformas vão se fazer sentir a curto e médio prazo, em toda cadeia de valor da indústria petrolífera em Angola, bem como nas empresas nacionais, fomentando assim o emprego e a geração de riqueza para as famílias angolanas”, sublinhou.

Diamantino de Azevedo avançou que, o desenvolvimento do sector não passa apenas pelo estímulo ou investimento de equipamentos e tecnologias de última geração, mas sobretudo, pela preparação dos quadros técnicos nacionais de excelência, devidamente treinados e certificados, para poderem “manobrar” ferramentas e equipamentos de processos complexos que suportam as operações.

Por isso, o departamento ministerial que tutela o sector vai continuar a apoiar e promove iniciativas que visam capacitar técnica e profissionalmente os quadros, como é o caso da Escola de Formação Marítima de Angola, “que até a pouco era inoperante”. Apelou as operadoras do sector, a apartarem nas parcerias  com instituições de formação e treinamento do pessoal, como é o caso do CFMA.

Apesar das dificuldades que à pandemia da Covid-19 causou no sector do Petróleo e Gás, com perdas nos preços das commodity, associadas as dificuldades de recursos  financeiros, o ministro realçou que, o Executivo angolano continua a trabalhar para a diversificação da economia nacional.   
A formação no Centro de Formação  de Angola (CFMA), unidade de negócio do grupo Sonangol, é extensiva a todos os cidadãos interessados, cujo preço máximo está fixado nos 700 mil kwanzas e o mínimo 40 mil.

O acto de apresentação pública da instituição decorreu sob o lema ” Formar para Transformar”. O CFMA está certifi-cado para formar nas vertentes de segurança marítima e offshore, oil & gás, capacitação técnico-profissional e gestão e soft skills.

Fonte:JA

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