Homens armados matam 48 pessoas

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Pelo menos 48 pessoas foram mortas em ataques realizados por homens armados em três aldeias do Estado de Zamfara, no Noroeste da Nigéria, revelou, este domingo, à France-Press um responsável local e um habitante.

“No total, 48 pessoas foram mortas pelos bandidos nas três aldeias (Damri, Sabon Garin e Kalahe), atacadas na sexta-feira à tarde”, disse o funcionário administrativo do distrito de Ba-kura, Aminu Suleiman, confirmando um testemunho de um residente.

 Segundo Suleiman , a  aldeia de Damri foi a mais atingida, onde os homens armados mataram 32 pessoas, incluindo dois polícias. “Atacaram um hospital em Damri, onde dispararam sobre os doentes que recebiam tratamento e queimaram um veículo da Polícia, matando dois agentes”, acrescentou.

“Graças à intervenção  do Exército”, prosseguiu, “que mais tarde foi destacado para a zona, que conseguiu obrigar os atacantes a fugirem”.

Abubakar Maigoro, um residente de Damri, fez a mesma avaliação: “Enterrámos 48 pessoas mortas nos ataques”, disse à France Press, acrescentando que,  “a chegada dos soldados forçou os bandidos a recuar, deixando para trás o gado e os alimentos que estavam a saquear”.

A Polícia, que não confirmou a violência, não respondeu ao questionamento da France Press.

Apesar das operações militares e amnistias concedidas pelas autoridades, os ataques estão a aumentar nas regiões Noroeste e Central do país, o  mais populoso de África.

Só nos últimos dois meses, grupos armados atacaram  um comboio na capital Abuja, raptaram dezenas de passageiros. Na mesma região  mataram mais de 100 aldeões e massacraram uma dúzia de membros de Grupos de Autodefesa.

No início  do ano, mais de 200 aldeões foram mortos no Estado de Zamfara.

Segundo a organização não governamental (ONG) Acled, “os terroristas mataram mais de dois mil civis em 2021, um aumento de 250% em relação a 2020.

O Presidente do país  Muhammadu Buhari, um antigo general do Exército, está a terminar o segundo mandato debaixo de fortes críticas pela sua aparente incapacidade em conter a violência.

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