O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou segunda-feira os ataques ao aeroporto internacional de Abu Dhabi e a uma área industrial adjacente, que causou três mortos e seis feridos, e apelou “à máxima contenção” a todas as partes.
Os governos dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e da Arábia Saudita responsabilizaram os rebeldes iemenitas pelo ataque, já reivindicado pelo grupo rebelde Houthi, do Iémen.
Além de um incêndio numa área em construção do Aeroporto Internacional de Abu Dhabi, a polícia do emirado relatou um outro na área industrial adjacente, que provocou uma explosão em tanques de combustível.
O diplomata português instou as partes a “impedirem qualquer escalada num contexto de aumento das tensões na região”, recordando ainda que “os ataques contra civis ou infraestruturas civis foram proibidos pelo direito internacional humanitário”, referiu o porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric.
“Não há solução militar para o conflito no Iémen”, salientou António Guterres.
O responsável da ONU exortou ainda as partes “a conversarem construtivamente e sem pré-condições” para que possa haver um avanço do “processo político para chegar a um acordo amplamente negociado para acabar com o conflito”.
Pelo menos três pessoas morreram e seis ficaram feridas na explosão de um camião-cisterna em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.
Em Abu Dhabi, as autoridades locais ameaçaram “ripostar” pelo que consideraram tratar-se um ataque “infame” dos Houthis, que provocou a morte a três pessoas — dois indianos e um paquistanês.
“Os Emirados reservam-se o direito de responder a esses ataques terroristas e a essa escalada criminal sinistra”, declarou, num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros dos EAU, citado pela agência noticiosa local WAM
Fonte: JA