POR: SIMÃO PEDRO | ICOLO E BENGO
Tal como havia denunciado o governador do Icolo e Bengo sitado pelo NJ, que figuras ligadas à PGR e ao SIC usam “capa” das instituições para invadir terras alheias. Agora é a vez do Osvaldo Canelas, filho comissário-chefe Alexandre Canelas, está a fazer das suas no que toca apropriação de terras na província do Icolo e Bengo, de acordo com uma denuncia dos populares no local.
Segundo, uma fonte familiar bem posicionada, disse que o Osvaldo Canelas, filho do antigo director do SIC e actual Presidente do club desportivo da polícia nacional o Interclube de Angola, Alexandre Canelas e Osvaldo Canelas, ligado a PGR que serve de testa de ferro do seu pai, está a apropriar-se de um terreno que lhe pertence. De acordo com a nossa fonte, o terreno localizado no município do Cabiri, província do Icolo e Benco, propriedade e herança da família do senhor Domingos Vieira, situado nos quilómetros 34 e 35. A família solicita a quem de direito para sanar esse conflito.
Na recém-criada província do Icolo e Bengo, o governador provincial Auzílio Jacob, diz ter detectado que algumas figuras bem posicionadas na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Serviço de Investigação Criminal (SIC) usam a imagem das suas instituições para invasão de terras alheias, manchando a imagem do Estado.
Segundo apurou o NJ, a PGR e o SIC dizem estarem a investigar as denúncias do governador do Icolo e Bengo.
A família do senhor Domingos Vieira, um dos herdeiros informa que esforços estão a ser empenhados para impedir qualquer construção no local.
A fonte a acusa ainda administração municipal do Cabiri de parcialidade com o processo, por deixar o senhor Alexandre Canelas e seu filho construirem no terreno que não lhes pertence.
Domingos Vieira, recorda ainda que para provar a propriedade do terreno, “temos lá a antiga vedação, as campas dos nossos avós a muitos e longos anos”, relembrou.
No entanto, recordando as denúncias do senhor do governador Icolo e Bengo, Auzílio Jacob que, para além das figuras ligadas à PGR e ao SIC, estão igualmente envolvidos no esquema juristas com notoriedade social, o que tem prejudicado os legítimos proprietários.
Segundo o governador do Icolo e Bengo, essas figuras sujam a imagem dos órgãos e do Estado, apontou.
“No quadro deste processo acabou-se por se descobrir muitas coisas, e essas coisas têm muito a ver com as pessoas. Temos de educar as pessoas para que não se aproveitam dos órgãos que defendem ou representam para danificarem ainda mais a imagem do Estado”, disse o governante.
A versão do senhor Osvaldo Canelas
Segundo Osvaldo Canelas, “tudo está a olho nu”. De acordo com suposto usurpador de terreno, disse que o espaço, lhe foi vendido em 2008, pela senhora Boneca, no valor de (150.000.00USD) cento e cinquenta mil dólares americanos.
De acordo com documento da comissão de moradores apresentado pela família, datada desde 2004, enquanto o suposto urpador diz ter documentos desde 2008, quadro anos depois. Até ao fecho desta edição, a dona Boneca, não se fez presente para o devido contraditório.
Segundo Osvaldo Canelas, no local foram colocados material e um cerco construído pelo seu pai, Alexandre Canelas.
Para Osvaldo Canelas, o seu desejo é ver o processo no tribunal, para se sanar todas as incertezas. Na mesma senda a dupla de Canelas, acrescentou que existem testemunhos ligados a família da senhora Antónia José, uma das herdeiras do espaço ocupado por eles há mais de 64 anos, pelo seu familiar já falecido.
De recordar, o senhor Osvaldo Canelas, avançou que o espaço foi comprado pelo seu pai em 2008, pela dona Boneca, mas a família da dona Antónia José, disse serem os proprietários do terreno desde do ano de 1961. O mesmo espaço tem servido também de cemitério familiar, segundo informou a senhora Antónia José, uma idosa de 96 anos de idade. Acresentou também que o terreno tem servido para a agricultura familiar.
O lado da dona Antónia José
Antónia José, nega e nunca ter vendido espaço nenhum ao senhor Alexandre Canelas, mas lembra que apenas vendeu para a senhora Boneca, uma autointitulada funcionária do Estado, um pequeno lugar de trinta por vinte metros, no valor módico de (1.500.000.00Akzs) um milhão e quinhentos mil kwanzas, recordou.
Segundo fez saber a dona Antónia José, nunca realizou venda de terreno com mais de cem metros de comprimento a ninguém.
No quadro das denúncias feitas pelo governador, Auzílio Jacob, disse que há alguma inacção por parte do SIC e da PGR, já que, ao invés de punir os seus funcionários invasores de terrenos, tendem a protege-los, mesmo com os factos comprovados.
“Não podemos encarar esses invasores como entes do Estado, é preciso que os órgãos e todos nós os combatamos para conseguir resolver esse problema”, realçou.
Segundo o governante, há no Icolo e Bengo uma expansão deliberada do território ocupado por estas pessoas que não têm adquirido esses direitos formalmente.
As denúncias do governador provincial do Icolo e Bengo, Auzílio Jacob, foram proferidas à imprensa, à margem de uma conferência sobre integração, desenvolvimento sustentável e governação, promovido pela Universidade Católica de Angola, em Luanda.
Sobre esta denúncia, o a data dos factos o NJ contactou a PGR e o SIC para os devidos esclarecimentos.
A data dos factos, Manuel Halaiwa, porta-voz do SIC-geral, assegurou que será aberto um processo de investigação para apurar as denuncias e que o SIC não terá contemplações na punição dos seus efectivos infractores.
Já a PGR assegurou ao Novo Jornal que tomou nota e que não ficará alheia às questões levantadas pelo governador do Icolo e Bengo.
FONTES: JORNAL VISÃO E COM O NOVO JORNAL