O grupo empresarial ASAS está a projectar a construção de uma fábrica de enchidos, na aldeia Camela Amões, município do Cachiungo, província do Huambo, para a produção de chouriço caseiro, carne de porco sal- gado e seus derivados, estando, nesta fase, a decorrer contactos com fornecedoras de equipamentos, trabalhos de edificação de infra-estruturas e criação de suínos apropriados e adaptáveis as condições cli- matéricas da região.
O arranque do projecto, de acordo com António Segunda Amões, presi- dente do grupo, estava pre- vista para Março último, mas o surgimento da pandemia do novo coronavírus “estrangulou as etapas traçadas”, uma vez que se aguardava a vinda ao país de especialistas do sector, de Portugal, Brasil e África do Sul, para a realização de “estudos mais detalhados” de implementação da uma fábrica.
“Adquirimos, em finais do ano passado, de um produtor nacional, um número considerável de suínos, de excelente raça, com propósito de construirmos uma fábrica de enchidos e seus derivados. Mas a Covid-19 estrangulou todas as etapas traçadas.
Agora, com as novas regras de circulação e aber- tura de fronteiras, vamos retomar os contactos”, disse o empresário, sem avançar valor do investimento.
Pelo menos quatro pocilgas já estão, de momento, construídas, contando com um plantel de aproximadamente 250 suínos, em que, diz, “à medida que os leitões começarem a nascer, far-se-á a separação”, sendo uns para reprodução, outros à produção de chouriço caseiro e carne de porco salgado.
“Esperamos, caso não haja contratempos, termos o projecto concluído o próximo ano”.
A actividade de suinicultura, na Aldeia Camela Amões, será desenvolvida em paralelo com a piscicultura, cuja previsão, avança António Segunda Amões, é construir, até 2025, cinco mil tanques de criação de peixe, perspectivando que os dois projectos, quando concluídos na plenitude, venham a gerar mais de qui- nhentos postos de trabalho directo e indirecto.