Uma maior aposta na agricultura, enquanto “caminho certo” para que se possa melhorar a renda das famílias camponesas, é o actual apelo que as autoridades governativas da província do Huambo lançaram, ressaltando essa exortação “os resultados nada satisfatórios alcançados na Campanha Agrícola 2020-2021”.
O vice-governador para o Sector Económico, Político e Social, Francisco Jamba Kata teceu tais considerações durante uma reunião de apresentação dos resultados dos projectos de apoio ao desenvolvimento de cooperativas e associações de camponeses e de mitigação dos efeitos socioeconómicos da Covid-19, na província do Huambo, promovido pela Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) e financiado pelo Standard Chartered Bank.
“A aposta na agricultura é o caminho certo, para melhorar a situação económica e social das famílias” destacou, acrescentando que a ADRA tem em desenvolvimento projectos que engrandecem e promovem o bem-estar colectivo, por via das cooperativas agrícolas da província do Huambo, pelo que, Francisco Jamba Kata incentivou esta organização não-governamental a prosseguir com as acções que fortaleçam as associações de camponeses.
Francisco Jamba Kata observou que o “Governo quer parceiros sociais que ajudem a colocar uma pedra na edificação de um Huambo cada vez melhor” e defende um amplo espaço de interacção e concertação, para o êxito do processo de melhoria dos solos e de resolução dos problemas comunitários.
Cidália Gomes, directora da ADRA no Huambo, avançou que a implementação dessas acções está alinhada com o plano estratégico para o período 2018/2022, que contempla três programas fundamentais, entre os quais se destaca o Programa de Desenvolvimento Local Sustentável.
O programa, esclareceu, é constituído por quatro componentes ligados ao apoio às actividades agro-pecuária, segurança alimentar e nutricional, ambiente e mitigação dos efeitos das alterações climáticas, saneamento básico e saúde pública, bem como o poder local.
A directora da ADRA valorizou a actividade do cooperativismo local, considerando que pode ser uma forma de organização empresarial, com vasta relevância económica e social capaz de gerar emprego e aumentar a produção de bens e serviços, contribuir para a segurança alimentar, promover a inclusão social e a integração regional e reduzir a pobreza extrema nas famílias.
Na ocasião, foram apresentados outros dois projectos ligados ao desenvolvimento de cooperativas agrícolas, essencialmente os implementados nos municípios de Bailundo, Caála e Longonjo, financiados na totalidade pela petrolífera angolana BP.
Os projectos beneficiaram, nestes quatro municípios, da província do Huambo, cerca de 2.600 famílias agregadas nas cooperativas Twapama, Sajambel, Passuka, Arroz do Sucesso, Omwenho Wokalie e Epindulo.
Fonte: JA